O
vocábulo trinário Umbanda, em sua vibração intríseca e real, significa a
própria “Lei Maior Divina”, regendo sobre o ritmo setenário o desenvolvimento
da filosofia, ciência, religião e a existência humana pela atividade da magia em
todas as latitudes do Universo (...) Sabemos que a palavra Umbanda é síntese
vibratória e divina, abrangendo o conjunto de leis que disciplinam o
intercâmbio do Espírito e a Forma, em vez de doutrina religiosa ou fetichista.
Ela é conhecida desde os Vedas e demais escolas iniciáticas do passado, mas foi
olvidada na letargia das línguas mortas e abastardada nos ritos africanos,
passando a definir prática fetichista e atos de sortilégios. Em certos casos,
chegaram a confundi-la com a própria atividade do mago negro.
Sem dúvida, ela deturpou-se na sua divina musicalidade e enfraqueceu a sua
intimidade sonora na elevada significação de um mantra cósmico. Mas pela
ancestralidade divina existente no espírito humano Umbanda será novamente
expressa e compreendida na sua elevada significação cósmica, mercê do trabalho
perseverante dos próprios umbandistas estudiosos e descondicionados do
fetichismo escravizante de seita.
No entanto, nós prosseguiremos neste labor mediúnico, examinando Umbanda,
somente em sua atual condição de sistema doutrinário mediúnico religioso.
PERGUNTA: - E que dizeis de Umbanda, como “espiritualismo de terreiro”?
RAMATÍS: - Em face de nosso longo aprendizado no curso redentor da vida
humana, almejamos que a doutrina espiritualista de umbanda alcance os objetivos
louváveis traçados pela Administração Sideral.
Indubitavelmente, a Umbanda, como seita, ainda não passa de uma aspiração
religiosa algo entontecida, mas buscando sinceramente uma forma de elevada
representação no mundo. Não apresenta uma unidade doutrinária e ritualística
conveniente, porque todo “terreiro” adota um modo particular de operar e cada
chefe ou diretor ainda se preocupa em monopolizar os ensinamentos pelo crivo de
convicção ou preferência pessoal. Mas o que parece um mal indesejável, é
consequência natural da própria multiplicidade de formas, labores e concepções
que se acumulam prodigamente no alicerce fundamental da Umbanda.
Aqueles que censuram essa instabilidade muito própria da riqueza e
variedade de elementos formativos umbandísticos, são maus críticos, que pela
facilidade de colherem frutos sazonados numa laranjeira crescida, não admitem a
dificuldade do vizinho ainda no processo da semeadura.
LIVRO A MISSÃO DO ESPIRITISMO, obra psicografado por HERCÍLIO MAES/RAMATÍS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário