sábado, 14 de abril de 2018

Epilepsia, Mediunidade e Obsessão - II


– Apesar da carga doentia que suporta na atualidade, devemos aceitar o nosso Pedro na categoria de um médium? – perguntou Hilário, atencioso. 

Pela passividade com que reflete o inimigo desencarnado, será justo tê-lo nessa conta, contudo, precisamos considerar que, antes de ser um médium na acepção comum do termo, é um Espírito endividado a redimir-se. 

– Mas não poderá cogitar do próprio desenvolvimento psíquico? 

 O Assistente sorriu e observou: 
Desenvolver, em boa sinonímia, quer dizer “retirar do invólucro”, “fazer progredir” ou produzir. Assim compreendendo, é razoável que Pedro, antes de tudo, desenvolva recursos pessoais no próprio reajuste. Não se constroem paredes sólidas em bases inseguras. Necessitará, portanto, curar-se. Depois disso, então... 

– Se é assim – objetou meu colega –, não resultará infrutífera a sua freqüência a esta casa? 

– De modo algum. Aqui recolherá forças para refazer-se, assim como a planta raquítica encontra estímulo para a sua restauração no adubo que lhe oferecem. Dia a dia, ao contacto de amigos orientados pelo Evangelho, ele e o desafeto incorporarão abençoados valores em matéria de compreensão e serviço, modificando gradativamente o campo de elaboração das forças mentais. Sobrevirá, então. um aperfeiçoamento de individualidades, a fim de que a fonte mediúnica surja, mais tarde, tão cristalina quanto desejamos. Salutares e renovadores pensamentos assimilados pela dupla de sofredores em foco expressam melhoria e recuperação para ambos, porque, na imantação recíproca em que se vêem, as idéias de um reagem sobre o outro, determinando alterações radicais

Diante da nossa atitude cismarenta, no exame das questões complexas de que nos sentíamos nodeados, o Assistente ponderou: 

Aparelhos mediúnicos valiosos naturalmente não se improvisam. Como todas as edificações preciosas, reclamam esforço, sacrifício, coragem, tempo... E sem amor e devotamento, não será possível a criação de grupos e instrumentos louváveis, nas tarefas de intercâmbio.

LIVRO: NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, Cap. 9. Psicografado por Francisco Cândido Xavier/André Luiz.

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