Etimologicamente, o vocábulo Umbanda provém do prefixo AUM e do sufixo “BANDHÔ,
ambos do sânscrito, cuja raiz encontra-se nos famosos livros da Índia, nos
Upanishads e nos Vedas, há alguns milênios.
A palavra AUM é de alta significação espiritual, consagrada pelos
mestres do Oriente e sua pronuncia deve ser efetuada de uma só vez, num só
impulso sonoro do suave para o grave profundo. As próprias confrarias católicas
iniciáticas, principalmente os frades franciscanos, só o pronunciavam com
excessiva reverência e veneração, dando-lhe o máximo de entonação místicas nas
suas orações coletivas e coros sacros. Em invocações de alto relevo espiritual,
AUM é o próprio símbolo sonoro
significativa da Trindade do Universo representando Espírito, Energia e
Matéria, Pensamento Original, Amor e Ação, ou, ainda, Pai, Filho e Espirito
Santo da Liturgia Ocidental.
BANDHÃ, em sua expressão mística iniciática, significa o movimento
incessante, força centrípeta emanada do Criador, o Ilimitado, exercendo
atração na criatura para o despertamento da consciência angélica. Mais tarde
também passou a significar a “Lei Maior Divina”, poder emanado do Absoluto. Em consequência, o prefixo AUM e o sufixo
BANDHÃ constituíram a palavra AUM-BANDHÃ, na qual pronunciada na forma de um “mantra”,
nos círculos e confrarias iniciáticas do Oriente, aproxima-se melhor da
sonorização “Om-bandá”, e que, em boa linhagem espiritual, passou a significar
o finito no Infinito, a parte do Todo, o humano no Divino. Em certas
fraternidades esotéricas, Aum-bandhã possuía um sentido mais dinâmico,
simbolizando o principio impulsionador da Vida ou a incessante evolução do
Espírito.
Porém, é um tanto difícil
dar-vos uma ideia exata da significação mística dessa palavra “sânscrita”, se a
examinarmos sob o critério fortemente objetivo dos povos ocidentais. Os iniciados orientais imprimem a sua
vontade dinamizada pela força espiritual sobre certos vocábulos ou “mantras”,
já consagrados num curso esotérico, e os transformam em detonadores psíquicos
para lhes proporcionar maior amplitude na auscultação dos atributos da
Divindade. Assim, a palavra “Aum-bandhã” consagrou-se como uma convenção
léxica ou sonora, cuja pronúncia insistente termina por sensibilizar o ser,
predispondo-o vibratoriamente para o mais breve conhecimento intuitivo do
Espírito de Deus. Mas a sensibilização, psíquica sob a força mântrica dessa
palavra, também varia de acordo com a graduação espiritual dos seus cultores.
PERGUNTA: - Então a Umbanda,
conhecida no Brasil como espiritismo de terreiro, tem sua origem na mística do
vocábulo “Aum-Bandhã”, que é um símbolo espiritual tão elevado entre os povos orientais?
RAMATÍS: - A palavra “Aum-Bandhã”
consagrada pela filosofia oriental e do hinduísmo iniciático, difere
grandemente de Umbanda, seita ou doutrina religiosa de práticas mediúnicas
originárias das selvas africanas.
LIVRO A MISSÃO DO ESPIRITISMO, psicografado por Hercílio Maes/Ramatís
*Grifos do Blog
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