quinta-feira, 12 de abril de 2018

Significado da palavra Umbanda por Ramatís



Etimologicamente, o vocábulo Umbanda provém do prefixo AUM e do sufixo “BANDHÔ, ambos do sânscrito, cuja raiz encontra-se nos famosos livros da Índia, nos Upanishads e nos Vedas, há alguns milênios.
A palavra AUM é de alta significação espiritual, consagrada pelos mestres do Oriente e sua pronuncia deve ser efetuada de uma só vez, num só impulso sonoro do suave para o grave profundo. As próprias confrarias católicas iniciáticas, principalmente os frades franciscanos, só o pronunciavam com excessiva reverência e veneração, dando-lhe o máximo de entonação místicas nas suas orações coletivas e coros sacros. Em invocações de alto relevo espiritual, AUM é o próprio símbolo sonoro significativa da Trindade do Universo representando Espírito, Energia e Matéria, Pensamento Original, Amor e Ação, ou, ainda, Pai, Filho e Espirito Santo da Liturgia Ocidental.
BANDHÃ, em sua expressão mística iniciática, significa o movimento incessante, força centrípeta emanada do Criador, o Ilimitado, exercendo atração na criatura para o despertamento da consciência angélica. Mais tarde também passou a significar a “Lei Maior Divina”, poder emanado do Absoluto. Em consequência, o prefixo AUM e o sufixo BANDHÃ constituíram a palavra AUM-BANDHÃ, na qual pronunciada na forma de um “mantra”, nos círculos e confrarias iniciáticas do Oriente, aproxima-se melhor da sonorização “Om-bandá”, e que, em boa linhagem espiritual, passou a significar o finito no Infinito, a parte do Todo, o humano no Divino. Em certas fraternidades esotéricas, Aum-bandhã possuía um sentido mais dinâmico, simbolizando o principio impulsionador da Vida ou a incessante evolução do Espírito.
Porém, é um tanto difícil dar-vos uma ideia exata da significação mística dessa palavra “sânscrita”, se a examinarmos sob o critério fortemente objetivo dos povos ocidentais. Os iniciados orientais imprimem a sua vontade dinamizada pela força espiritual sobre certos vocábulos ou “mantras”, já consagrados num curso esotérico, e os transformam em detonadores psíquicos para lhes proporcionar maior amplitude na auscultação dos atributos da Divindade. Assim, a palavra “Aum-bandhã” consagrou-se como uma convenção léxica ou sonora, cuja pronúncia insistente termina por sensibilizar o ser, predispondo-o vibratoriamente para o mais breve conhecimento intuitivo do Espírito de Deus. Mas a sensibilização, psíquica sob a força mântrica dessa palavra, também varia de acordo com a graduação espiritual dos seus cultores.

PERGUNTA: - Então a Umbanda, conhecida no Brasil como espiritismo de terreiro, tem sua origem na mística do vocábulo “Aum-Bandhã”, que é um símbolo espiritual tão elevado entre os povos orientais?

RAMATÍS: - A palavra “Aum-Bandhã” consagrada pela filosofia oriental e do hinduísmo iniciático, difere grandemente de Umbanda, seita ou doutrina religiosa de práticas mediúnicas originárias das selvas africanas.

LIVRO A MISSÃO DO ESPIRITISMO, psicografado por Hercílio Maes/Ramatís

*Grifos do Blog

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