A Umbanda, religião brasileira e de
influência do Espiritismo, do Catolicismo, das práticas religiosas indígenas e
africanas, da Teosofia, da Cabala, dentre outras culturas religiosas, conforme
o tempo e a interpretação de seus vários dirigentes de terreiro e
pesquisadores, fora definida pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas como a manifestação do Espírito para a caridade,
não obstante as várias formas e práticas ritualísticas e doutrinárias adotada
na Umbanda: pluralista, universalista e acolhedora em sua essência, na qual
vários autores espirituais, encarnados e desencarnados, dão significados
diferentes para a origem etimológica do seu nome, de acordo com o seu grau de
entendimento e elevação espiritual.
Conforme estudos em “Umbanda
– Manifestação do Espírito para a Caridade, Módulo III” de Padrinho Juruá*, observamos que
inicialmente o Caboclo das Sete Encruzilhadas iniciara a religião brasileira,
em 1908, com o nome de “Alá-banda”, onde mescla-se a palavra árabe “al-Lah” (الله),
que significa Deus, com “banda”, ou seja, “ao lado de”, tendo como significado,
portanto, “Do lado de Deus”.
Alábanda é o termo alcunhado originalmente em
1908 pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas para definir a religião nascente e
como homenagem ao Orixá Mallet, que também acompanhava Zélio de Moraes, a qual
fora em vida malaio e muçulmano. Abaixo segue imagem representativa desse
Espírito que era o Capitão de Demanda
da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade:
Em 1909, porém, o Caboclo das Sete
Encruzilhadas muda o nome da religião brasileira para “Aumbanda”, substituindo
a palavra árabe inicial para a palavra grega com o mesmo significado (Aum).
Não fora encontrado correspondência para esse
termo na língua grega, porém, os filósofos gregos da Antiguidade se referiam a
Deus com a denominação de Unidade, o
quê passando para a língua portuguesa se dá como Um, da qual temos, assim, como hipótese, uma posterior correção
realizada pelo Caboclo, na readequação para o nome Umbanda.
Independente das várias vertentes ou escolas
existentes na Umbanda e os respectivos responsáveis por essas interpretações
diferentes (como Benjamim Figueiredo, W. W. Da Matta e Silva, Rubens Saraceni,
Rivas Neto e outros), existem inúmeros conceitos e significados aplicados para
o nome de Umbanda, e uma constante reinterpretação histórica de suas práticas,
usos e costumes, com variantes da região em que se dá essas pesquisas, sendo
que, desde que resultando na caridade desinteressada, fazendo o bem e seguindo
as orientações e regras pré-estabelecidas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas,
nesta grande gama de conceitos e práticas, sempre será a Umbanda do Brasil, a
Umbanda de Todos Nós, sempre socorrendo os sofredores, iluminando as
consciências e corações.
Eloy
Augusto.
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