Os elementos materiais não são indispensáveis e não devem se tornar bengala psicológica. As vibrações dos orixás respondem à invocação pela força mental. Obviamente essa resposta varia de indivíduo para indivíduo. Experiências sacerdotais de vidas passadas utilizando essas energias fazem parte do inconsciente dos médiuns magistas da atualidade. Temos de considerar que a aparelhagem fisiológico do médium, quando vibrada junto com os guias por meio da incorporação, fornece abundantes fluidos que serão movimentados para a caridade.
Por outro lado, sabemos que os elementos materiais são importantes condensadores energéticos. Na prática do terreiro, aprendemos que, em determinados atendimentos, se utilizássemos só a força mental, os trabalhos ficaram por demais prolongados e muito cansativos. Outro fato que reforça essa opinião é que somos naturalmente desconcentrados, ainda mais depois de duas a três horas de extenuantes passes e consultas, em que nos defrontamos com as mais inimagináveis mazelas humanas.
Elencaremos a seguir alguns condensadores energéticos e sua utilização no terreiro:
Álcool/fogo: transmutação, assepsia e desintegração de trabalhos de feitiçaria que estão vibrando no Astral.
Ervas: maceradas liberam prana (axé vegetal) pelo sumo das plantas; queimadas (fumo, defumação) dispersam seus princípios químicos no ambiente astro-etéreo-físico.
Som: atração, concentração ou repulsão de certas energias.
Guias: imantação da vibração do orixá para proteção e descarga do médium.
Pontos riscados: campos de força magnéticos de atração, retenção e dispersão, usados juntos com os pontos cantados.
Pólvora: deslocamento do éter (ar) para desintegração de campos de força muito densos.
Oferendas: agradecimento e reposição de axé (na Umbanda não fazemos oferendas para trocar).
Água: imantação de uma maneira geral; descarga fluídica; meio condutor de fluidos que se quer fixar.
Devemos usar os elementos materiais com parcimônia e sabedoria, pois quando bem utilizados são valiosas ferramentas de apoio liberadoras de energias para os trabalhos de caridade, preservando o corpo mediúnico de maiores desgastes.
(Livro: UMBANDA PÉ NO CHÃO – UM GUIA DE ESTUDOS DA UMBANDA, VOLUME 1. Norberto Peixoto. Orientado por RAMATÍS. Editora do Conhecimento).
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