A resposta do senhor não está
muito clara. O médium nessas condições pode trabalhar com a mediunidade?
- Não sou favorável ao autoritarismo,
à postura de alguns dirigentes que dirigem a Casa Espírita como se estivessem
comandando um quartel de exército – daqueles que se preocupam mais com as
regras e estatutos do que com o ser humano. Não sou favorável a essa
mentalidade de alguns dirigentes que defendem a bandeira “Sou dirigente, mando
e quem não estiver satisfeito, caia fora”.
Trata-se de uma postura
arrogante, um resquício dos amantes do poder de outrora. Muitas vezes, por amor
à doutrina, esquece-se a afetividade e o amor ao próximo. Quem ama mais o
Centro Espírita do que ama as pessoas que estão no Centro Espírita, está em
equívoco.
Por essa razão, na questão anterior
alertei os dirigentes sobre suas decisões que, não raras vezes, são
arbitrárias. É óbvio que em muitas circunstâncias, para a proteção do grupo, o
dirigente se veja constrangido a pedir ao médium que se retire das atividades. Não
obstante, antes de tomar essa atitude extrema, que o dirigente esgote todas as
outras possibilidades: dialogar com o suposto “médium-problema”; tentar
compreender as razões do medianeiro; chama-lo à responsabilidade com carinho. E
se nenhuma dessas medidas surtir efeito, somente nesse caso, o dirigente deverá
tomar uma atitude mais drástica.
Quando iniciei a resposta da
questão anterior indagando: Quem irá proibi-lo? O dirigente? – foi com a
intenção de alertar aos líderes espíritas que, indiscutivelmente, muitas vezes
são arbitrários e faltam com a caridade em suas decisões. Não se pode jogar no
lixo laços de amizade por causa deste ou daquele item do estatuto!...
Não estou afirmando que as
normas estatutárias não sejam importantes; o que preocupa é o excesso de
importância que às vezes se dá a tais normas. O grupo espírita não pode perder
a simplicidade – “marca” característica dos cristãos contemporâneas do Cristo.
Gostaria que o senhor
completasse a resposta da pergunta inicial sobre os “médiuns-problemas”...
- Compreensão e indulgência,
eis o caminho seguro. Afinal, todos nós não somos “pessoas-problemas” para o
Cristo? E apesar disso, Ele não age com desvelado amor para conosco?
Não julguemos. Simplesmente,
deixemos que cada qual colha os frutos “doces ou amargos” de acordo com o que
está semeando. Naturalmente, meu filho, um médium sem maior comprometimento com
a causa espírita e sem disposição para aplicar em si mesmo as lições do
Evangelho de Jesus não conseguirá ter maior qualidade naquilo que produz. O que
cabe a nós, espíritos amigos, é auxiliar incondicionalmente.
LIVRO: MÉDIUNS, COMO ESTÃO?
PARA ONDE VÃO? A MEDIUNIDADE NOS DOIS PLANOS DE VIDA. Diálogo entre o Espírito
José de Moraes e o médium Agnaldo Paviani.
*Grifos do Blog.
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