PERGUNTA: - As intervenções efetuadas no perispírito com o aproveitamento do ectoplasma do médium de fenômenos físicos também podem ser feitas diretamente no corpo de carne ou seja, no organismo dos pacientes?
RAMATÍS: - Tudo depende da capacidade e potencial do ectoplasma[3] fornecido pelo médium de efeitos físicos. Em tal caso, os espíritos operadores incorporam-se no próprio médium que dispõe dessa faculdade; e este, como autômato, opera o paciente com os mesmos instrumentos da cirurgia terrena, porém, sem anestesia e também dispensando qualquer precaução de assepsia.
Em certos casos, embora raros, o espírito incorporado logra o mesmo resultado cirúrgico, utilizando como instrumentos operatórios, utensílios de uso doméstico, como facas, tesouras, garfos ou estiletes comuns; e igualmente, sem quaisquer cuidados anticépticos.[4]
Então, o cirurgião invisível, incorporado no médium, corta as carnes do paciente, extirpa excrescências mórbidas, drena tumores, desata atrofias, desimpede a circulação obstruída, reduz estenoses ou elimina órgãos irrecuperáveis. E semelhantes intervenções, além de seu absoluto êxito, são realizadas num espaço de tempo exíguo, muito acima da capacidade do mais abalizado cirurgião do vosso mundo. Em tais casos, os médicos desencarnados fazem os seus diagnósticos rapidamente, com absoluta exatidão e sem necessidade de chapas radiográficas, eletrocardiogramas, hemogramas, encefalografias ou quaisquer outras pesquisas de laboratório. Nessas operações mediúnicas processadas diretamente na carne, os pacientes operados tanto podem apresentar cicatrizes e estigmas operatórios, como ficarem livres de quaisquer sinais cirúrgicos. Em seguida à operação, eles erguem-se lépidos e, sem quaisquer embaraços ou dores, manifestam-se surpresos pelo seu alívio inesperado e eliminação súbita de seus males.
3 - O psicanalista Dr. Gustavo Geley, uma das maiores autoridades na identificação dos fenômenos espíritas, esclarece: -"A característica específica da ectoplasmia reside numa desmaterialização anatomobiológica do corpo do médium e em sua exteriorização no estado sólido, líquido e gasoso. Tal metamorfose resulta na liberação de considerável quantidade de energia vital".
4 - Nota do Médium: É o caso do médium Arigó, que depois de incorporado pelo espírito do Dr. Adolfo Fritz, desencarnado na guerra de 1918, na Rússia, faz operações com instrumentação primitiva, obsoleta e até imprópria, sem anestesia ou cuidados de higiene. Aliás, percebi que ele só operava os pacientes sobre os quais descia uma luzinha branca, que era uma espécie de autorização do Alto. Arigó erguia a mão com um punhado de algodão e rogava a Jesus: "Senhor, água que anestesia!" Imediatamente os espíritos técnicos do "outro lado" umedeciam esse algodão numa retorta com um líquido esmeraldino, o qual depois se materializava, escorrendo pelo braço de Arigó. Após operar o paciente, o médium novamente erguia outro punhado de algodão ao alto e pedia: "Senhor! Água que cicatriza!" Desta vez, os assistentes desencarnados envolviam o algodão num líquido cor rosa-salmão, que depois também escorria pela mão do Arigó, às vezes efervescendo como água oxigenada, em cor branca.
LIVRO: MEDIUNIDADE DE CURA, Cap. 16. Psicografado por Hercílio Maes/Ramatís
Nenhum comentário:
Postar um comentário