quarta-feira, 25 de abril de 2018

Provas da riqueza e da miséria


Se a riqueza houvesse de constituir obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, conforme se poderia inferir de certas palavras de Jesus, interpretadas segundo a letra e não segundo o espírito, Deus, que a concede, teria posto nas mãos de alguns um instrumento de perdição, sem apelação nenhuma, ideia que repugna à razão. Sem dúvida, pelos arrastamentos a que dá causa, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, a riqueza constitui uma prova muito arriscada, mais perigosa do que a miséria. É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual. É o laço mais forte que prende o homem à Terra e lhe desvia do céu os pensamentos. Produz tal vertigem que, muitas vezes, aquele que passa da miséria à riqueza esquece de pronto a sua primeira condição, os que com ele a partilharam, os que o ajudaram, e faz-se insensível, egoísta e vão. Ao fato, porém, de a riqueza tornar difícil a jornada, não se segue que a torne impossível e não possa vir a ser um meio de salvação para o que dela sabe servir-se, como certos venenos podem restituir a saúde, se empregados a propósito e com discernimento. 

Quando Jesus disse ao moço que o inquiria sobre os meios de ganhar a vida eterna: “Desfaze-te de todos os teus bens e segue-me”, não pretendeu, decerto, estabelecer como princípio absoluto que cada um deva despojar-se do que possui e que a salvação só a esse preço se obtém; mas apenas mostrar que o apego aos bens terrenos é um obstáculo à salvação. Aquele moço, com efeito, se julgava quite porque observara certos mandamentos e, no entanto, recusava-se à ideia de abandonar os bens de que era dono. Seu desejo de obter a vida eterna não ia até o extremo de adquiri-la com sacrifício.

O que Jesus lhe propunha era uma prova decisiva, destinada a pôr a nu o fundo do seu pensamento. Ele podia, sem dúvida, ser um homem perfeitamente honesto na opinião do mundo, não causar dano a ninguém, não maldizer do próximo, não ser vão, nem orgulhoso, honrar a seu pai e a sua mãe, mas não tinha a verdadeira caridade; sua virtude não chegava até a abnegação. Isso o que Jesus quis demonstrar. Fazia uma aplicação do princípio: “Fora da caridade não há salvação.” 

A consequência dessas palavras, em sua acepção rigorosa, seria a abolição da riqueza por prejudicial à felicidade futura e como causa de uma imensidade de males na Terra; seria, ademais, a condenação do trabalho que a pode granjear; consequência absurda, que reconduziria o homem à vida selvagem e que, por isso mesmo, estaria em contradição com a lei do progresso, que é Lei de Deus.

Se a riqueza é causa de muitos males, se exacerba tanto as más paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos inculpar, mas ao homem, que dela abusa, como de todos os dons de Deus. Pelo abuso, ele torna pernicioso o que lhe poderia ser de maior utilidade. É a consequência do estado de inferioridade do mundo terrestre. Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria posto na Terra. Compete ao homem fazê-la produzir o bem. Se não é um elemento direto de progresso moral, é, sem contestação, poderoso elemento de progresso intelectual. 

Com efeito, o homem tem por missão trabalhar pela melhoria material do planeta. Cabe-lhe desobstruí-lo, saneá-lo, dispô-lo para receber um dia toda a população que a sua extensão comporta. Para alimentar essa população que cresce incessantemente, preciso se faz aumentar a produção. Se a produção de um país é insuficiente, será necessário buscá-la fora. Por isso mesmo, as relações entre os povos constituem uma necessidade. A fim de mais as facilitar, cumpre sejam destruídos os obstáculos materiais que os separam e tornadas mais rápidas as comunicações. Para trabalhos que são obra dos séculos, teve o homem de extrair os materiais até das entranhas da Terra; procurou na Ciência os meios de os executar com maior segurança e rapidez. Mas para os levar a efeito, precisa de recursos: a necessidade fê-lo criar a riqueza, como o fez descobrir a Ciência. A atividade que esses mesmos trabalhos impõem lhe amplia e desenvolve a inteligência, e essa inteligência que ele concentra, primeiro, na satisfação das necessidades materiais, o ajudará mais tarde a compreender as grandes verdades morais. Sendo a riqueza o meio primordial de execução, sem ela não mais grandes trabalhos, nem atividade, nem estimulante, nem pesquisas. Com razão, pois, é a riqueza considerada elemento de progresso.

ALLAN KARDEC. 

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Cap. 16.

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terça-feira, 24 de abril de 2018

O Egoísmo


O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a si mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
Jesus vos deu o exemplo da caridade e Pôncio Pilatos o do egoísmo, pois, quando o primeiro, o Justo, vai percorrer as santas estações do seu martírio, o outro lava as mãos, dizendo: “Que me importa!” Animou-se a dizer aos judeus: “Este homem é justo, por que o quereis crucificar?” Entretanto, deixa que o conduzam ao suplício. 
É a esse antagonismo entre a caridade e o egoísmo, à invasão do coração humano por essa chaga moral que se deve atribuir o fato de não haver ainda o Cristianismo desempenhado por completo a sua missão. Cabem a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, o encargo e o dever de extirpar esse mal, a fim de dar ao Cristianismo toda a sua força e desobstruir o caminho dos pedrouços que lhe embaraçam a marcha. Expulsai da Terra o egoísmo para que ela possa subir na escala dos mundos, porquanto já é tempo de a Humanidade envergar sua veste viril, para o que cumpre que primeiramente o expilais dos vossos corações. 
– Emmanuel. (Paris, 1861).

Se os homens se amassem com mútuo amor, mais bem praticada seria a caridade; mas, para isso, mister fora vos esforçásseis por largar essa couraça que vos cobre os corações, a fim de se tornarem eles mais sensíveis aos sofrimentos alheios. A rigidez mata os bons sentimentos; o Cristo jamais se escusava; não repelia aquele que o buscava, fosse quem fosse: socorria a mulher adúltera, como o criminoso; nunca temeu que a sua reputação sofresse por isso. Quando o tomareis por modelo de todas as vossas ações? Se na Terra a caridade reinasse, o mau não imperaria nela; fugiria envergonhado; ocultar-se-ia, visto que em toda parte se acharia deslocado. O mal então desapareceria, ficai bem certos.
Começai vós por dar o exemplo; sede caridosos para com todos indistintamente; esforçai-vos por não atentar nos que vos olham com desdém e deixai a Deus o encargo de fazer toda a justiça, a Deus que todos os dias separa, no seu Reino, o joio do trigo. 
O egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem a caridade não haverá descanso para a sociedade humana. Digo mais: não haverá segurança. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, a vida será sempre uma carreira em que vencerá o mais esperto, uma luta de interesses, em que se calcarão aos pés as mais santas afeições, em que nem sequer os sagrados laços da família merecerão respeito. 
– Pascal. (Sens, 1862).

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Cap. 11. Allan Kardec.

Umbanda e Apometria, por Ramatís


A Umbanda, síntese vibratória nas sete grandes faixas dimensionais e de freqüência no Cosmo, abrange um conjunto de leis que disciplinam o intercâmbio do espírito com a forma. Conhecida desde as mais antigas escolas iniciáticas que já se estabeleceram no orbe terrícola, foi trazida de outra constelação planetária para contribuir na evolução da humanidade terrena. Nesta Nova Era, a Umbanda será compreendida em toda a sua significação cósmica, por meio do resgate do seu sentido esotérico, da antiga Aumbandhã atlante. Haverá um descondicionamento de todas as práticas espúrias e animistas que se incorporaram nessa rica doutrina iniciática, em virtude da baixa moralidade dos cidadãos que conduziram os seus desígnios no orbe. Os umbandistas sérios já procuram uma unidade doutrinária adequada, imbuídos daquele ideal de solidariedade e fraternidade que deve prevalecer em qualquer iniciativa de unificação entre os homens.

A magia etéreo-física, a manipulação das forças energéticas da natureza, do fogo, da água, da terra e do ar, a verdadeira magia branca dos antigos magos aumbandhãs, peles-vermelhas atlantes, dispensa os esgares dos médiuns, o rufar de atabaques, a indisciplina, as práticas ridículas, o excesso de quinquilharias nos templos, o triste sacrifício de animais, denominando tais praticas abomináveis como se fossem Umbanda, ato que tanto expõe inadequadamente essa rica doutrina iniciática aos leigos e desinformados, advindo desse fato tantos desentendimentos. Os princípios que a regem não dispensam os consulentes da reforma íntima e da renovação moral. O Astral Superior já previu a depuração das práticas umbandistas, livrando-a das excrescências humanas, das vaidades e dos interesses particularistas e pecuniários dos mercadores de graças, que a tudo resolvem e garantem por
meio dos despachos pagos.

A Apometria, técnica anímico-mediúnica de dissociação ou desdobramento do corpos mediadores - etérico, astral e mental - foi apoiada pela Alta Fraternidade Branca do Astral, que planejou a Umbanda em solo brasileiro, como forma de resgate da pura magia branca atlante, da antiga Aumbandhã esotérica, aproximando as raças, unindo os homens, um novo conceito de congraçamento mediúnico. Nos grupos apométricos, os pretos velhos, os índios e os caboclos são aceitos e bem-vindos para exercitarem o trabalho de caridade, propiciando a cura e o soerguimento das criaturas pela manipulação etérea dos elementais da natureza e das energias nas sete faixas vibracionais do Cosmo. Essas técnicas magnéticas separatórias dos corpos mediadores sempre foram utilizadas pela Espiritualidade em toda a história da humanidade terrena.

As falanges de Umbanda operam no subsolo astralino, na contrapartida etérea que se encontra na subcrosta do orbe. O momento de depuração do carma planetário, a mudança das faixas de freqüência no eixo magnético da Terra, já abordada em outra oportunidade, fazem com que sejam intensas essas movimentações. Essas energias deletérias são neutralizadas, sendo feitos os desmanches dos trabalhos de magia negra realizados pelas organizações trevosas que habitam esses charcos, reconduzindo à normalidade os muitos sofredores atingidos, encarnados na superfície da Terra e desencarnados dos mais variados estados conscienciais.

Diversos grupos espiritualistas já começam a utilizar a Apometria como técnica de trabalho em que os médiuns se desdobram conscientemente, participando de maneira ativa no encaminhamento das entidades espirituais enfermas. Essas técnicas "hodiernas" congregam arrojados métodos de indução magnética de desdobramento no intercâmbio com o plano extrafísico. As sessões mediúnicas desobsessivas tornam-se dinâmicas, perdendo a sonolência e a oratória evangélica enfadada de alguns dirigentes. Isso não quer dizer que o atendimento aos desencarnados deva ser pouco fraterno. Essas técnicas não dispensam os médiuns de estarem solidamente educados nas bases do Evangelho de Cristo, com elevada conduta ético-moral e, sobretudo, com trato amoroso com as entidades desencarnadas.

As incompreensões geradas quanto às técnicas apométricas são devidas à resistência ao novo e ao imobilismo de alguns dirigentes encarnados, acomodados aos anos de sonolência do grupo mediúnico, no qual muitos médiuns cochilam entendendo serem ótimos doadores de ectoplasma. Não deveis exorcizar a Apometria qual demônio herege perseguido pela Inquisição na Idade Média. Ao contrário, estudai-a detalhadamente.

LIVRO: SAMADHI. Psicografado por Norberto Peixoto/Ramatís.

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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Socorros espirituais na Umbanda - II


PERGUNTA: - Poderíeis dar-nos maiores esclarecimentos sobre esses atendimentos à distância nas casas dos consulentes? Quais são os tipos de serviços "anotados" pelos chefes de falanges e o que ocorre nessas remoções socorristas?

VOVÓ MARIA CONGA: - Esses atendimentos são em geral de remoção de comunidades de espíritos sofredores que ficam habitando junto à casa do filho doente e que procurou auxílio espiritual. Os chefes de falanges organizam os socorros que serão realizados em espécie de ronda que vão dirigir. Como são espíritos experientes nessas lides, já sabem antecipadamente os imprevistos com que se depararão: vampiros, torturadores de aluguel, irmãos com aparências animalescas, resíduos e fluidos pútridos, drogados e viciados em sexo, enfim, verdadeiras comunidades sofredoras e maldosas habitando a mesma área etérea. Os caciques vão à frente liderando os comandados. É montada rede magnética de detenção à volta do local a ser higienizado. As falanges de apoio ficam em guarda em torno do local alvejado, e esse bolsão de miséria é removido para localidades hospitalares do Astral que comportam a densidade espiritual de cada envolvido, onde os socorristas aguardam para o atendimento de urgência de todos esses filhos.

LIVRO: SAMADHI. Psicografado por Norberto Peixoto/Ramatís.

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Socorros espirituais na Umbanda

PERGUNTA: - Podeis descrever-nos, sob o ponto de vista do Plano Astral, a movimentação invisível aos nossos olhos carnais que ocorre nessas giras de caridade praticadas nas casas de Umbanda?

VOVÓ MARIA CONGA: - Toda casa de Umbanda que é séria e faz a caridade gratuita e desinteressada é um grande hospital das almas, tendo o apoio de falanges espirituais do  Astral Superior. Essas giras de caridade são grandes pronto-socorros espirituais, onde não se escolhe o tipo de atendimento, estabelecendo enormes demandas no Além. Os consulentes que procuram os pretos velhos e caboclos para a palavra amiga e o passe avançam trazendo os mais diversos tipos de problemas: doenças, dores, sofrimentos, obsessões, desesperos etc. Processa-se a caridade sem alarde, pura, assim como o Cristo-Jesus procedia, atendendo a todos que o procuravam.
É indispensável um ambiente harmonioso e de energias positivas no grupo de médiuns que formarão a corrente vibratória. Para se conseguir as vibrações elevadas, são cantados pontos, que são verdadeiros mantras, faz-se a defumação com ervas de limpeza físico-etérea e espargem-se essências aromáticas que auxiliam a elevar as vibrações.
No Plano Astral, estabelece-se um campo vibratório de proteção espiritual. A vários quarteirões em volta do local da gira ou templo, os caboclos e guardiões já se colocam com seus arcos e flechas com dardos paralisantes e soníferos. Bandos de desocupados e malfeitores tentam passar por esse cordão de isolamento, mas são repelidos com espécie de choque por uma imperceptível malha magnética. Outros espíritos que acompanham os consulentes não são barradas e, ao adentrar a casa, são colocadas em local apropriado de espera e várias entidades auxiliares lhes prestam socorro e preparação inicial. Por isso os consulentes sentem muita paz quando entram na casa e aguardam seu momento de consulta.
No ato da consulta, o Guia ou Protetor está trabalhando junto ao aparelho e dirige os trabalhos, tendo vários auxiliares invisíveis que ainda não "incorporam". Havendo necessidade, é dada passagem para as entidades obsessoras ou sofredoras que estão acompanhando os consulentes, como descrito em resposta anterior. Manipulam com grande destreza o ectoplasma do médium, que é "macerado" com princípios ativos eterizados de ervas e plantas, fitoterápicos astralizados usados para a cura. Os Espíritos da Natureza trabalham ativamente buscando esses medicamentos naturais nos sítios vibratórios que lhes são afins, bem como buscam, para a manipulação perfeita do caboclo ou preto velho, as energias ou elementais do fogo, ar, terra e água, e que sempre estão em semelhança vibratória com os consulentes, refazendo as carências energéticas localizadas. É  a magia dos quatro elementos utilizada para amenizar os sofrimentos dos homens.
Nos casos em que se requer atendimento à distância, nas casas dos consulentes, ficam programados trabalhos para a mesma noite ou noites posteriores, dependendo da urgência. Há intensa movimentação, e praticamente nunca descansamos. Numa casa grande, bem estruturada, chegamos a atender 500 a 600 consulentes, sendo que a população de espíritos desencarnados socorridos numa gira com essa demanda pode chegar a 4.000. Os chefes de falanges "anotam" todos os serviços que serão realizados durante e após a gira, pois as remoções e socorros continuam ininterruptamente, sendo o dia de caridade pública aos encarnados o cume da grande montanha que se chama caridade.

LIVRO: SAMADHI. Psicografado por Norberto Peixoto/Ramatís.

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Incorporação dos Guias

PERGUNTA: - É de bom alvitre que em muitos casos até os consulentes fiquem mediunizados e "recebam" seus Guias ou Protetores espirituais?

VOVÓ MARIA CONGA: - Sim. Naqueles consulentes que têm comprometimento com o mediunismo e já estão educando suas mediunidades, "receber" seus Guias ou Protetores espirituais vai aliviá-los das cargas deletérias, miasmas e formas-pensamentos que estão "grudadas" nas suas auras, tipo de campo energético que todos vocês têm, sendo o corpo físico a parte visível, a energia mais condensada desse complexo energético que são os homens. Esses enviados espirituais que neles incorporam imprimem-lhes no corpo astral suas vibrações mais elevadas e que são afins com esses irmãos muito antes da atual encarnação, e, pela alteração de freqüência imposta, essas placas e agregados destrutivos são liberados e retomam para a natureza, regularizam os chacras desarmonizados e alinham as vibrações do corpo astral e do etérico. Naqueles médiuns ainda deseducados, esse contato lhes serve para mostrar a importância e a necessidade de procurarem desenvolver-se. Claro está que essa intervenção do Além se dá para o auxílio do aparelho mediúnico e se torna dispensável nos mais experientes, que já aprenderam a livrar-se dessas cargas negativas sozinhos.

PERGUNTA: - Esse hábito de dar passagem permitida aos consulentes nessas giras não contraria a segurança mediúnica?

VOVÓ MARIA CONGA: - Ao contrário, conduz à necessidade de plena educação. A segurança no exercício da mediunidade, por um aparelho (médium) no mediunismo umbandista, é marcante no que vocês chamam de passividade, o que nada mais é do que dar passagem para esses espíritos afins. Os médiuns, habituando-se a dar passagem para seus Guias e Protetores, apreendem a conhecer-lhes profundamente as vibrações e, com o trabalho continuado, conseguirão a necessária segurança para que não se deixem envolver por irmãos de outras vibrações, ditos obsessores e vampiros do Astral Inferior. Ao mesmo tempo, vamos gradativamente equilibrando as vibrações dos chacras, facilitando e intensificando o intercâmbio.

LIVRO: SAMADHI. Psicografado por Norberto Peixoto/Ramatís.

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domingo, 22 de abril de 2018

Operações Espirituais - IV


PERGUNTA: - Os espíritos de cirurgiões desencarnados, que incorporam diretamente em médiuns especiais a fim de efetuarem essas operações mediúnicas, são ajudados por outros espíritos?

RAMATÍS: - O espírito quando opera incorporado no médium é sempre auxiliado por companheiros experimentados na mesma tarefa, os quais cooperam e o ajudam no controle da intervenção cirúrgica.(5) O diagnóstico, seguro e rápido, é fruto de troca de opiniões com outros médicos desencarnados que, antecipadamente, examinam as anomalias dos enfermos a serem operados. Entidades experimentadas na ciência química transcendental preparam os fluidos anestesiantes e cicatrizantes; e depois os transferem do mundo oculto para o cenário físico, materializando-os na forma líquida ou gasosa, conforme seja necessário.

5 - Nota do Médium: Em minha vidência junto ao médium Arigó, quando tive oportunidade de visitá-lo, em Congonhas do Campo, percebi que outros espíritos de médicos desencarnados o auxiliavam no seu trabalho, inclusive enfermeiros, técnicos, químicos e assistentes à guisa de estudantes.
As operações de olhos eram feitas por um médico japonês; e em certas intervenções delicadas intervinha um médico francês. O que me surpreendeu foi o espírito de um médico chinês, de túnicas amplas, enfeitadas de flores pretas e prateadas, sobre um fundo vermelho e amarelo sedoso. Ele apenas fazia exorcismos próprios da antiga medicina chinesa; mas os enfermos que atendia  expulsavam de si, uns fluidos escuros, pegajosos e nauseantes, assim como larvas, formas aracnídeas, bacilos psíquicos, estranhos insetos fluídicos, como amebas coleantes, que se dissolviam sob a luz terapêutica, esmeraldina, que iluminava o ambiente. Compreendi, então, que tudo isso era produto dos pensamentos sujos ou infecciosos dos próprios enfermos.

PERGUNTA: - Que dizeis das operações que são praticadas pelos médicos desencarnados, no perispírito, sem ectoplasma do médium de efeitos físicos e, às vezes, processadas à noite, quando dormimos?

RAMATÍS: - Tais operações só atingem a causa mórbida no tecido etérico do perispírito; porém, depois de algum tempo, começam a desaparecer os seus efeitos mórbidos na carne, pelo mesmo fenômeno de repercussão vibratória. 
Neste caso, como os enfermos operados ignoram o que lhes aconteceu durante o sono ou mesmo em momento de vigília e repouso, opõem dúvidas quanto a essa possibilidade.
Desde que esses doentes, após terem sido operados no perispírito, não comprovam, de imediato, qualquer alteração benéfica no seu corpo físico, geralmente, supõem terem sido vítimas de uma fraude ou de completo fracasso quanto à intervenção feita. Ora, acontece que a transferência reflexa das reações produzidas por essas operações processa-se muito lentamente, levando semanas e até meses, para se manifestarem seus efeitos benéficos no organismo.

LIVRO: MEDIUNIDADE DE CURA, Cap. 16. Psicografado por Hercílio Maes/Ramatís.

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Operações Espirituais - III

PERGUNTA: - As intervenções efetuadas no perispírito com o aproveitamento do ectoplasma do médium de fenômenos físicos também podem ser feitas diretamente no corpo de carne ou seja, no organismo dos pacientes?

RAMATÍS: - Tudo depende da capacidade e potencial do ectoplasma[3] fornecido pelo médium de efeitos físicos. Em tal caso, os espíritos operadores incorporam-se no próprio médium que dispõe dessa faculdade; e este, como autômato, opera o paciente com os mesmos instrumentos da cirurgia terrena, porém, sem anestesia e também dispensando qualquer precaução de assepsia.

Em certos casos, embora raros, o espírito incorporado logra o mesmo resultado cirúrgico, utilizando como instrumentos operatórios, utensílios de uso doméstico, como facas, tesouras, garfos ou estiletes comuns; e igualmente, sem quaisquer cuidados anticépticos.[4]

Então, o cirurgião invisível, incorporado no médium, corta as carnes do paciente, extirpa excrescências mórbidas, drena tumores, desata atrofias, desimpede a circulação obstruída, reduz estenoses ou elimina órgãos irrecuperáveis. E semelhantes intervenções, além de seu absoluto êxito, são realizadas num espaço de tempo exíguo, muito acima da capacidade do mais abalizado cirurgião do vosso mundo. Em tais casos, os médicos desencarnados fazem os seus diagnósticos rapidamente, com absoluta exatidão e sem necessidade de chapas radiográficas, eletrocardiogramas, hemogramas, encefalografias ou quaisquer outras pesquisas de laboratório. Nessas operações mediúnicas processadas diretamente na carne, os pacientes operados tanto podem apresentar cicatrizes e estigmas operatórios, como ficarem livres de quaisquer sinais cirúrgicos. Em seguida à operação, eles erguem-se lépidos e, sem quaisquer embaraços ou dores, manifestam-se surpresos pelo seu alívio inesperado e eliminação súbita de seus males.

3 - O psicanalista Dr. Gustavo Geley, uma das maiores autoridades na identificação dos fenômenos espíritas, esclarece: -"A característica específica da ectoplasmia reside numa desmaterialização anatomobiológica do corpo do médium e em sua exteriorização no  estado sólido, líquido e gasoso. Tal metamorfose resulta na liberação de considerável quantidade de energia vital".

4 - Nota do Médium: É o caso do médium Arigó, que depois de incorporado pelo espírito do Dr. Adolfo Fritz, desencarnado na guerra de 1918, na Rússia, faz operações com instrumentação primitiva, obsoleta e até imprópria, sem anestesia ou cuidados de higiene. Aliás, percebi que ele só operava os pacientes sobre os quais descia uma luzinha branca, que era uma espécie de autorização do Alto. Arigó erguia a mão com um punhado de algodão e rogava a Jesus: "Senhor, água que anestesia!" Imediatamente os espíritos técnicos do "outro lado" umedeciam esse algodão numa retorta com um líquido esmeraldino, o qual depois se materializava, escorrendo pelo braço de Arigó. Após operar o paciente, o médium novamente erguia outro punhado de algodão ao alto e pedia: "Senhor! Água que cicatriza!" Desta vez, os assistentes desencarnados envolviam o algodão num líquido cor rosa-salmão, que depois também escorria pela mão do Arigó, às vezes efervescendo como água oxigenada, em cor branca.

LIVRO: MEDIUNIDADE DE CURA, Cap. 16. Psicografado por Hercílio Maes/Ramatís

sábado, 21 de abril de 2018

Sincretismo na Umbanda



PERGUNTA: - E o que são esses vários santos do catolicismo considerados Orixás?


VOVÓ MARIA CONGA: - Não são orixás, pois esses "santos" são espíritos de homens, assim como os filhos, nada mais. Muitos já reencarnaram e outros estão a dar consultas anonimamente em humildes casas de Umbanda ou a orientar, por intermédio da psicografia, em mesas kardecistas.
Permanece o sincretismo como maneira de identificação do santo de fé para aqueles doentes da alma e desesperados que chegam às multidões nas portas dos terreiros e templos umbandistas, que ao se depararem com essas imagens se sentem carinhosamente acolhidos pelos "céus". Além do mais, as imagens desses santos nos congás se tornam importantes pontos de catalisação para a magia astral, pois ficam imantados de fluidos benfazejos, sendo instrumentos de recepção das emanações mentais de fé, adoração, respeito e amor espargidas e direcionadas pelos consulentes, servindo essas formas mentais para criação de egrégora elevada, fortalecendo a corrente mediúnica e a manifestação dos pretos velhos e caboclos.

LIVRO EVOLUÇÃO NO PLANETA AZUL, psicografado por Norberto Peixoto/Ramatís.

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Sexo desequilibrado e magia negra



Os principais "adubos" para a magia negra e as obsessões estão no sexo, nos vícios e na vaidade. As perversões de um modo geral estão relacionadas com ressonâncias de vidas passadas, em que os atos selvagens, obscenos e violentos criaram vínculos entre as criaturas envolvidas, que vão requerer várias encarnações para se desfazer.
A troca sexual sem amor inflige ao sistema nervoso um desperdício de energia que não é compensado pelo retorno, do parceiro, de uma "porção" proporcional à doada.
Ocorrendo um bloqueio à união das auras, e não havendo a integração entre os chacras e os corpos superiores, inexiste o fluxo energético positivo, gerado pelo sentimento amoroso, a esses veículos sutis. Fluem pelos corpos etéricos fluidos animados pelas sensações inferiores, animalizadas, estéreis, causando um êxtase anestésico sensório, mas rapidamente se instalará a vontade de novo conluio entre homem e mulher, sempre fugaz, diante do carrasco do apelo carnal nunca realizado. Ademais, as energias concentradas no duplo etérico, decorrentes do ato mecânico, do gozo animalesco desprovido de sentimentos elevados, não se dissolvem facilmente, obliterando esse mediador vibratório, que liga os corpos físico e astral, para o envio de expressões mais sensíveis do psiquismo à consciência em vigília, como a intuição e a lembrança das saídas do corpo físico.
Aliado a esse fato, o sexólatra é torturado continuamente pelo seu próprio potencial anímico desequilibrado, num quadro mórbido persistente de auto-obsessão, com pensamentos parasitas recorrentes. Os encontros sensuais são precedidos de grande ansiedade e acompanhados de fantasias, criando formas de pensamento densas e pegajosas que podem vir a ser aproveitadas pelas potências maléficas invisíveis do Espaço que as manipulam, dirigindo-as, fortificadas, para as finalidades mais vis. São os artificiais do sexo, que servem para os que entram em contato com eles terem sua sensualidade aumentada repentinamente. Tal situação se instala pelos laços de sintonia do passado que estão no inconsciente, abrindo a brecha necessária para se fixar as obsessões e os trabalhos de magia negra no amplo campo das energias do sexo humano.

LIVRO: VOZES DE ARUANDA, psicografado por Norberto Peixoto/Ramatís.


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Existência de Lúcifer


PERGUNTA: - Que podeis dizer-nos sobre a existência de uma entidade espiritual eterna, denominada Lúcifer ou Satanás, ou Diabo, que, segundo afirmam as religiões dogmáticas, era um anjo-bom que foi exilado na Terra, onde até hoje promove, com poderes sobrenaturais, invencíveis, a derrocada da obra divina?

RAMATÍS: - Satanás, como entidade eterna, é uma lenda, um mito infantil, pois teria sido criado por Deus, que é o único Criador e que, como Pai, de suprema justiça e amor, não poderia gerar de sua própria essência angélica uma entidade como essa. Se Satanás fosse gerado por outrem ou nascido por si mesmo, isso comprovaria a existência de um outro Deus! E teríamos, então, dois poderes opostos, a se digladiarem em contínua reação, com o grave perigo de que um dia Satanás pudesse dominar os mundos criados pelo Onipotente! Se Deus, por vingança, houvesse transformado em diabo o anjo que ele criara para a felicidade eterna, o fato representaria terrível desdouro à sua infinita sabedoria, ante o equívoco de criar um ser perfeito, que termina degenerado. Se Deus não pode dominar Satanás ou evitar que ele cause a derrocada da obra divina através da tentação das almas em aperfeiçoamento, quer isso dizer que não é infinitamente poderoso, pois nem ao menos consegue anular o resultado de sua própria incapacidade divina. Se Deus é poderoso mas não impede que Satanás, com sua malignidade, seduza os homens, então não é infinitamente bom, porque é indiferente ao sofrimento dos seus filhos.

A verdade, entretanto, é que o Mal (cuja existência se atribui a obra de Satanás) é expressão transitória e sem prejuízos definitivos, porque se conjuga com a bondade e a justiça de Deus, que é a eterna sabedoria, poder e amor! No trabalho que o homem empreende para atingir em sua evolução a situação angélica, o esforço ascensional cria a aparência da existência de um mal que, entretanto, desaparece gradativamente, à medida que o espírito se vai aproximando do seu verdadeiro destino. O processo que transforma grãos de trigo em saborosa farinha nutritiva; bagos de uva em vinho generoso, e cascalho diamantífero em brilhante fascinante pode ser considerado como um mal para com as substâncias ou materiais que lhe sofrem a ação compulsória e coercitiva? Assim, o sofrimento, a dor e o cortejo de resistências humanas que criam o mal, atribuído à ação de uma suposta entidade malévola, são fases provisórias no divino processo de aperfeiçoamento das almas, e que elas sempre louvam quando atingem o estado de angelitude. O que chamais de influência satânica não passa, portanto, de um acontecimento comum na vida da alma e no mecanismo que amadurece a consciência espiritual, para fazer-lhe sentir que deve evoluir para o fim para o qual foi criada. A resistência contra a Luz e o Bem, que a princípio se verifica na alma, é que gera o mal que atribuís à ação de Satanás, mal esse que desaparece quando a luz do Cristo faz a sua eclosão no mundo interior da criatura.


DO LIVRO: MENSAGENS DO ASTRAL, psicografado por Hercílio Maes/Ramatís.

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Como atuam os Exus Guardiões


PERGUNTA - Solicitamos vossos esclarecimentos sobre como atuam e o que fazem estas entidades, agentes mágicos Exus - na vibração de cada Orixá.

RAMATÍS - As emanações mentais dos encarnados e desencarnados da Terra são ainda de baixa vibração. Os desejos e pensamentos ocultos formam uma corrente astral-mental deletéria, poluindo a psicosfera que envolve a área adjacente a crosta e inundando toda a contraparte etérica, que e muito maior que a circunferência planetária.
Fundamentalmente, e de um modo geral, as vibrações dos Exus "complementares" a cada Orixá agem dispersando e desfazendo essas correntes astral-mentais negativas, parasitas,
pegajosas, enfermiças, obsediantes e manipuladas para os fins funestos dos magos negros. Assim contribuem decisivamente para o equilíbrio energético dos sítios vibracionais ligados aos quatro elementos, que dão sustentação vital para que as energias condensadas que animam na forma o vosso orbe se mantenham "saudáveis", para que os espíritos continuem habitando-o. Podeis concluir que as mentes são os motores propulsores das energias cósmicas em todo o Universo.
Na Terra, as condensações energéticas formadas pela comunhão de pensamentos seriam nefastas se não houvesse a atuação das vibrações ditas Exus, desfazendo as correntes astralmentais negativas, que são plasmadas dia e noite sem trégua. Não entraremos em maiores detalhamentos de cada Orixá ou Linha vibratória, fato que exigiria um compêndio específico sobre o tema, com o que, pela exiguidade de "tempo" para levarmos a efeito as tarefas que requerem o intercâmbio mediúnico, fugiríamos ao nosso compromisso neste momento com os maiorais sidéreos. Todavia, indicaremos, de um modo geral, a atuação das entidades ditas Exus quando autorizadas dentro da lei de causa e efeito, e com o merecimento conquistado por aqueles que estão sendo amparados por suas falanges: desmancham e neutralizam trabalhos de magia negra, desfazem formas-pensamentos mórbidas, retêm espíritos das organizações trevosas e desfazem as habitações dessas cidadelas; removem espíritos doentes que estão vampirizando encarnados; retiram aparelhos parasitas, reconfiguram espíritos deformados em seus corpos astrais; desintegram feitiçarias, amuletos, talismãs e campos de forças diversos que estejam vibrando etericamente; atuam em todo campo da magia necessário para o restabelecimento e equilíbrio existencial dos que estão sendo socorridos.

LIVRO: JARDIM DOS ORIXÁS, psicografado por Norberto Peixoto/Ramatís.

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Serventia dos Exus


PERGUNTA - Em que consiste a "serventia"?

RAMATÍS - A serventia, que denota qualidade de servir a algo, alguém ou a uma causa, não deve ser interpretada como servidão ou subserviência.
Como as formas de apresentação de Caboclos, Pretos Velhos e Crianças na Umbanda são "ocupadas" por espíritos que vibram em certas frequências sutis, ficam impedidos de atuar em determinados sítios vibracionais ocupados pelos antros de magia negra, sob pena de se imporem pesados rebaixamentos vibratórios que seriam motivo de sofrimento desnecessário, pela regularidade desse tipo de atuação. Para tanto, se utilizam da "serventia" dos agentes mágicos - Exus - como se fossem pares, mas cada um na sua faixa de caridade, se "complementando" no ideal de amparo e socorro àqueles que fazem jus diante dos tribunais cósmicos. Isso não quer dizer que não possam existir espíritos iluminados e libertos completamente do ciclo carnal atuando por amor a vós como agentes mágicos - Exus.


PERGUNTA - Podeis nos dar um exemplo de espírito iluminado que é um agente mágico - Exu entidade - que atua por amor nessa posição? Isto não contraria o programa evolutivo desta consciência espiritual no grande plano ascensional arquitetado pelo Pai Maior?

RAMATÍS - Se o espírito que animou o corpo que personificou Jesus aceitou se impor imenso rebaixamento vibracional por amor ao vosso planeta e a coletividade espiritual que estagia nesta localidade cósmica, por que outros irmãos assim não podem igualmente proceder, diante do princípio de que o Pai a todos trata com equanimidade?
Quando um espírito conquista o passaporte cósmico que o habilita a agir e decidir por si mesmo quanto a sua movimentação no infinito universal regido pela onisciência do Criador, pode, dentro do exercício do seu livre-arbítrio, optar por como e onde continuará evoluindo, desde que seja de seu direito e merecimento, mesmo que para isso se imponha atuar em locais de baixa densidade vibracional em relação ao seu atual estágio evolutivo. Quantos luminares e santos de vossa História não estiveram junto dos exércitos que comandavam as batalhas sanguinolentas em nome da mansuetude do Cordeiro, por livre escolha?
A ascensão espiritual não é qual carrasco que impõe os páramos celestiais retratados nas abóbadas de vossas igrejas ou os planos idílicos de arquitetos ou engenheiros siderais. Os que estão "embaixo" não podem "subir" sem merecimento mas os que estão "em cima" podem "descer" por amor, o que é direito cósmico inalienável conquistado; e todos, indistintamente, são "olhados" com os mesmos critérios pelo Pai, que é todo amor, imanente na diversidade de planos dimensionais em que estua a vida no cosmo. Não daremos um exemplo de entidade espiritual que atue nos moldes descritos, pois a estaríamos distinguindo diante da necessidade de mencionarmos um nome. Podemos afirmar que na linha vibratória do orixá Oxalá é mais "comum" encontrardes espíritos que já poderiam estagiar em paragens cósmicas inimagináveis a vós, atuando como Exus na Umbanda.

LIVRO: JARDIM DOS ORIXÁS, psicografado por Norberto Peixoto/Ramatís.

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Operações Espirituais - II


PERGUNTA: - É fundamental que o enfermo se prepare psiquicamente ou se concentre no momento em que lhe serão enviados os fluidos curadores irradiados pelas reuniões espíritas?

RAMATÍS: - Efetivamente, durante o tratamento fluídica operado a distância, a cura depende muitíssimo das condições psíquicas em que forem encontrados os enfermos durante a recepção dos fluidos. Em geral, os espíritos terapeutas enfrentam sérias dificuldades no serviço de socorro aos pacientes cujos nomes estão inscritos nas listas dos Centros espíritas. Além das dificuldades técnicas resultantes de certo desequilíbrio mental do ambiente onde eles atuam, outros empecilhos os aguardam em virtude do estado psíquico dos próprios doentes. Às vezes, o enfermo assinalado na lista de "caridade" tem a mente saturada de fluidos sombrios devidos a um livro obsceno, cuja leitura foi o seu "passatempo" do dia; ou então, manteve, com seus amigos visitantes, uma conversa de anedotas indecentes; outro, ei-lo em excitação nervosa devida a violenta discussão política ou desportiva; acolá, os espíritos terapeutas encontram o doente envolto na fumarada intoxicante do cigarro ou na bebericagem de um alcoólico. Também, certas vezes, os abençoados fluidos irradiados das sessões espíritas penetram nos lares enfermos, mas encontram o ambiente carregado de fluidos agressivos provenientes de discussões ocorridas entre os seus familiares. Por conseguinte, é evidente que os desencarnados têm pouco êxito na sua tarefa abnegada de socorrer os enfermos quando estes vibram recalques de ódio, vingança, luxúria, cobiça ou quaisquer outros sentimentos negativos.
Assim como, para jogar fora a água suja que está num copo, o processo mais sensato é despejar-se essa água suja e depois encher o copo de água limpa; e não misturá-las até que a água suja se tome limpa, os espíritos também logram melhor êxito na sua assistência aos enfermos quando estes se encontram "limpos" de emanações fluídicas perniciosas.

PERGUNTA: - Podereis referir mais algum pormenor a respeito das operações cirúrgicas processadas a distância?

RAMATÍS: - Em tais casos os técnicos siderais operam no perispírito do enfermo; e o "duplo etérico" se encarrega de transferir para o corpo físico todas as reações específicas da intervenção processada naquele. 
O "duplo etérico", conforme já esclarecemos, exerce a função de veículo intermediário ou mediador plástico entre o perispírito e o corpo físico. O perispírito, como matriz ou molde "preexistente" do corpo físico, controla, mediante o energismo e sensibilidade do duplo etérico, todas as suas contrapartes dos órgãos carnais. Assim, as intervenções efetuadas pelos espíritos nas matrizes etéricas do perispírito, depois, obedecendo a leis ocultas que regem esse fenômeno de "repercussão vibratória", manifestam seus efeitos, lenta e gradualmente, no corpo de carne.
Cada átomo e molécula "etereoastral" modificada na operação efetuada no "lado de cá" repercute integralmente em cada átomo ou molécula do corpo físico.
No futuro, quando a vossa instrumentação cirúrgica for produzida sob a técnica de dinamização "eletroetérica", então, os médicos poderão operar o perispírito e conseguir resultados surpreendentes. Tal processo será indolor e rapidamente cicatrizante.

LIVRO: MEDIUNIDADE DE CURA, Cap. 16. Psicografado por Hercílio Maes/Ramatís.

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sexta-feira, 20 de abril de 2018

Operações Espirituais



PERGUNTA: - As operações cirúrgicas feitas mediante a irradiação de fluidos projetados dos trabalhos mediúnicos a distância, logram o mesmo efeito das que são efetuadas diretamente pelos espíritos materializados, utilizando o ectoplasma dos médiuns de fenômenos físicos?

RAMATÍS: - Embora o êxito das operações mediúnicas dependa especialmente do ectoplasma a ser fornecido por um médium de efeitos físicos e controlado pelos espíritos de médicos desencarnados, há circunstâncias em que, devido ao teor sadio dos próprios fluidos do enfermo, as operações, embora processadas somente no perispírito, produzem resultados miraculosos no corpo físico. No entanto, quer se trate de operações mediúnicas feitas diretamente na carne do paciente ou mediante fluidos irradiados a distância, pelas pessoas de magnetismo terapêutico, o sucesso operatório exige sempre a interferência de espíritos desencarnados, técnicos e operadores que submetem os fluidos irradiados pelos "vivos", a avançado processo de química transcendental nos laboratórios do "lado de cá".


PERGUNTA: - Existe alguma diferença de eficiência entre as operações efetuadas com a presença do doente e a cooperação de médiuns de fenômenos físicos, doadores de ectoplasma, e as que são realizadas utilizando fluidos irradia dos a distância?

RAMATÍS: - No primeiro caso, das operações "diretas", os técnicos desencarnados utilizam o ectoplasma do médium de fenômenos físicos e também os fluidos nervosos emitidos pelas pessoas presentes; e esta aglutinação polarizada sobre o enfermo presente possibilita resultados mais eficientes e imediatos. Mais adiante estudaremos, em detalhes, a técnica do processo "direto". Agora vamos referir-nos às operações mediante fluidos projetados a distância. 
Neste processo, os espíritos operadores procuram reunir e projetar sobre o doente os fluidos magnéticos emitidos pelas pessoas que se encontram reunidas a distância, no Centro espírita. Porém, tratando-se de fluidos bem mais fracos do que os do ectoplasma fornecido pelo médium de fenômenos físicos, são submetidos a um tratamento químico especial pelos operadores invisíveis a fim de se obterem resultados positivos. Mesmo assim, os fluidos transmitidos a distância servem apenas para as intervenções de pouco vulto, pois sendo fluidos heterogêneos exigem a "purificação" que referimos. Há, porém, outros fatores que se refletem na "corrente" e impedem que a sua eficácia seja tão segura como a obtida pelas intervenções "diretas". É que, a muitos desses voluntários "doadores" de fluidos, falta a vontade disciplinada e a vibração emotiva fervorosa, que potencializam as energias espirituais. Também, alguns deles não gozam boa saúde, fumam em demasia, ingerem bebidas alcoólicas em excesso, ou abusam de alimentação carnívora.
Aliás, nos dias destinados a esses trabalhos espirituais, os médiuns deveriam submeter-se a uma alimentação sóbria, porquanto, depois de uma refeição lauta e, por vezes, indigesta, o indivíduo não tem disposição para tomar parte numa tarefa que exige segura concentração mental. E justamente, para neutralizar, em parte, os inconvenientes que deixamos apontados, é que os fluidos de tal ambiente têm de ser purificados ou "curtidos" pelos técnicos siderais. 
Em trabalhos de tal natureza, a boa intenção não prescinde de conhecimento, prudência e sensatez como requisitos fundamentais para o seu sucesso. Muitos frequentadores de tais sessões e certos médiuns comodistas supõem que é bastante agruparem-se em tomo da mesa dos trabalhos, para jorrarem de si os fluidos de eficácia terapêutica. 
Igualmente, para suprir as deficiências que referirmos, os espíritos benfeitores não se limitam a utilizar os fluidos terapêuticas dos "espíritas"; eles também se socorrem das vibrações espirituais dos fiéis de outras crenças ou religiões, quando os encontram reunidos nos seus templos, irmanados em preces, cânticos ou devoções. E, desta forma, eles conseguem aglutinar um potencial de fluidos sadios, em condições de produzirem resultados benéficos mais seguros a favor dos enfermos a distância.

LIVRO: MEDIUNIDADE DE CURA, Cap. 16. Psicografado por Hercílio Maes/Ramatís.

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quinta-feira, 19 de abril de 2018

Médiuns-problemas - Parte II



A resposta do senhor não está muito clara. O médium nessas condições pode trabalhar com a mediunidade?

- Não sou favorável ao autoritarismo, à postura de alguns dirigentes que dirigem a Casa Espírita como se estivessem comandando um quartel de exército – daqueles que se preocupam mais com as regras e estatutos do que com o ser humano. Não sou favorável a essa mentalidade de alguns dirigentes que defendem a bandeira “Sou dirigente, mando e quem não estiver satisfeito, caia fora”.
Trata-se de uma postura arrogante, um resquício dos amantes do poder de outrora. Muitas vezes, por amor à doutrina, esquece-se a afetividade e o amor ao próximo. Quem ama mais o Centro Espírita do que ama as pessoas que estão no Centro Espírita, está em equívoco.
Por essa razão, na questão anterior alertei os dirigentes sobre suas decisões que, não raras vezes, são arbitrárias. É óbvio que em muitas circunstâncias, para a proteção do grupo, o dirigente se veja constrangido a pedir ao médium que se retire das atividades. Não obstante, antes de tomar essa atitude extrema, que o dirigente esgote todas as outras possibilidades: dialogar com o suposto “médium-problema”; tentar compreender as razões do medianeiro; chama-lo à responsabilidade com carinho. E se nenhuma dessas medidas surtir efeito, somente nesse caso, o dirigente deverá tomar uma atitude mais drástica.
Quando iniciei a resposta da questão anterior indagando: Quem irá proibi-lo? O dirigente? – foi com a intenção de alertar aos líderes espíritas que, indiscutivelmente, muitas vezes são arbitrários e faltam com a caridade em suas decisões. Não se pode jogar no lixo laços de amizade por causa deste ou daquele item do estatuto!...
Não estou afirmando que as normas estatutárias não sejam importantes; o que preocupa é o excesso de importância que às vezes se dá a tais normas. O grupo espírita não pode perder a simplicidade – “marca” característica dos cristãos contemporâneas do Cristo.

Gostaria que o senhor completasse a resposta da pergunta inicial sobre os “médiuns-problemas”...

- Compreensão e indulgência, eis o caminho seguro. Afinal, todos nós não somos “pessoas-problemas” para o Cristo? E apesar disso, Ele não age com desvelado amor para conosco?
Não julguemos. Simplesmente, deixemos que cada qual colha os frutos “doces ou amargos” de acordo com o que está semeando. Naturalmente, meu filho, um médium sem maior comprometimento com a causa espírita e sem disposição para aplicar em si mesmo as lições do Evangelho de Jesus não conseguirá ter maior qualidade naquilo que produz. O que cabe a nós, espíritos amigos, é auxiliar incondicionalmente.

LIVRO: MÉDIUNS, COMO ESTÃO? PARA ONDE VÃO? A MEDIUNIDADE NOS DOIS PLANOS DE VIDA. Diálogo entre o Espírito José de Moraes e o médium Agnaldo Paviani.

*Grifos do Blog.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Médiuns-problemas


Seria mais cristão da sua parte, em vez de mencionar "médiuns-problemas", tentar descobrir qual o problema do médium, para ajudá-lo. Entendo que essa questão seja muito delicada, porém, não podemos esquecer que os médiuns, em sua maioria esmagadora, são almas falidas de outrora. Muitos médiuns, até bem pouco tempo, serviam nas organizações da maldade, e é justamente através dessa maravilhosa ferramenta chamada mediunidade que estão se redimindo. Afinal, é justamente por ser uma alma adoentada e com graves delitos, que o indivíduo se encontra na condição de médium. Naturalmente, minha explicação é generalizada. Sabemos que cada caso é um caso, e deve ser analisado individualmente. Mas em termos gerais, faz-se necessário uma maior indulgência por parte dos dirigentes em relação aos médiuns que servem ao movimento espírita.

(...)

Procurarei ser mais objetivo. Um médium não muito afeiçoado ao estudo e que não tenha assiduidade à Casa Espírita pode trabalhar como médium?

- E quem irá proibi-lo? O dirigente?
Sem dúvida, o dirigente das atividades mediúnicas pode solicitar que o médium se afaste da sessão. Porém, que os dirigentes - se assim o fizerem - saibam que estão assumindo para si, mesmo que indiretamente, a responsabilidade sobre aquele médium.
Um médium nessas condições - sem aptidão para o estudo e sem disciplina - por si mesmo, provavelmente, abandonará o trabalho, sem a necessidade de ser convidado a se retirar. Geralmente, tal situação gera brigas e desarmonia nos grupos espíritas. O dirigente fala mal do médium para justificar sua atitude e o médium sai falando mal do dirigente para não assumir suas falhas.
Para evitar tais transtornos, seria mais inteligente que o médium, antes de iniciar seu trabalho na Casa Espírita, fosse informado de quais são as regras para o trabalho. Feito isso, o dirigente deixaria que o médium refletisse por um tempo para que então, consciente de suas responsabilidades, possa iniciar o trabalho, caso esteja disposto a se adequar às disciplinas da Casa.


LIVRO: MÉDIUNS, COMO ESTÃO? PARA ONDE VÃO? A MEDIUNIDADE NOS DOIS PLANOS DE VIDA. Diálogo entre o Espírito José de Moraes e o médium Agnaldo Paviani.

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Relação Sexual no Plano Espiritual


PERGUNTA: - Podeis falar-nos algo sobre o sexo no plano astral? Os espíritos mantêm relação sexual como entendemos?

RAMATÍS: - Sexo é fundamentalmente troca de energia. Na caminhada evolutiva do espírito imortal, ocupais transitoriamente um corpo masculino ou feminino, que durante o conluio amoroso se completam energeticamente, momentaneamente em uníssono como se fôsseis um só espírito, assexuado. Ocorre que o sexo para vós está associado meramente ao prazer sensório fato que associado ao caráter pecaminoso das religiões punitivas, que ressoa em vosso inconsciente milenar, faz com que o ato sexual seja visto como algo impuro. O amor é a mola que mantém as energias sexuais revitalizantes. Segundo vossos psicanalistas a sexualidade tem fases evolutivas, sendo que infelizmente classificam a fase adulta como fática, como se o órgão físico fosse o centro de tudo, cegos que estão ao enorme manancial de energia suprafísica envolvido na troca saudável e embasada no amor.
Com certeza há sexo entre os espíritos, inclusive pode ocorrer relação sexual anômala, entre um encarnado desdobrado e uma entidade desencarnada.
Como tendes uma visão estandardizada do sexo, ficais impedidos de perceber todas as sutilezas que o envolvem. Nesse sentido, o que mais se aproxima de vossa compreensão, já que não conseguiremos definir em vosso vocabulário a troca de energias entre espíritos nos planos livres da forma, é a visão dos hindus da Kundalini e dos sistemas de chacras. Os chacras sendo núcleos energéticos, espécie de mediadores vibratórios relacionados com o psiquismo da consciência que os abriga, constituem degraus de uma escala evolutiva que vai do mais instintivo ao mais espiritual. Podeis concluir que eles manifestam todo o espectro da evolução da consciência e da mônada espiritual, do mais primitivo, selvagem e instintivo, ao mais sublime e harmônico do espírito. A energia vital da Kundalini, que no seu princípio mais selvático se expressa também na forma sexual como entendeis na Terra, vai gradativamente se transformando e se apropriando de energias mais sutis, em conformidade com as diversos estágios evolutivos da consciência.
Podeis concluir que estes centros vão se "desfazendo" gradualmente, se unindo em um só, se tornando um grande coronário, quando então se alcança o equilíbrio pleno das energias cósmicas que animam o espírito imortal, muito próximo do Criador. Podeis concebê-las em pálido conceito como assexuadas, pois não precisam mais se manifestar em uma única polaridade, masculina ou feminina, e nesse estágio de expansão consciencial, é como se a existência fosse de um contínuo êxtase e arrebatamento íntimo de cada individualidade, mas sentidos coletivamente entre espíritos irmanados na mais intensa energia do amor.

DO LIVRO: JARDIM DOS ORIXÁS. Psicografado por Norberto Peixoto/Ramatís.

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