sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Muletas psíquicas por Ramatís


- Na resposta à questão 553 do Livro dos Espíritos, encontra-se a seguinte afirmação: “...não há nenhuma palavra sacramental, nenhum sinal cabalístico, nenhum talismã que tenha qualquer ação sobre os Espíritos, porque eles são atraídos pelo pensamento e não pelas coisas materiais”. Pedimos vossos comentários a respeito.

Ramatís: - Sem dúvida, os espíritos são atraídos pelos pensamentos afins e pelos sentimentos similares. Considerai vossa habitual desconcentração mental e concluireis que as palavras sacramentais, os mantras, os cânticos, as preces iniciais, os sinais geométricos e cabalísticos, os talismãs, as guias, as imagens pictóricas, o congá, o altar, o santo de fé e a água fluidificada são recursos válidos para os encarnados acalmarem suas agitadas mentes, se concentrarem e conseguirem ter um fluxo de pensamento contínuo e concentrado para a sintonia com os espíritos do “lado de cá”.
Aliado a esse fato, servem de pontos de fixação e apoio mental para a elaboração de formas pensamentos que, quando vos reunis em grupo, criam as egrégoras, potentes aglutinações energéticas manifestadas no fluido cósmico universal peculiar ao plano astral. Conjugadas com vosso fluido animal, criam o amálgama que se requer para a cura dos sofredores desencarnados, retorcidos de dores por membros esfacelados, ferimentos e perturbações diversas. Ainda permitem plasmarem-se objetos, instrumentos, benfeitorias e habitações exigidas pelos centros socorristas no Umbral inferior.
Como é o pensamento que age, os talismãs e as outras formas materiais são apenas sinais que ajudam a direcioná-lo, como é respondido na questão 554 daquele importante livro doutrinário. Obviamente, isso não deve vos conduzir excessivamente a esses objetivos materiais, e sim aos valores alicerçados na moral e na conduta evangélica.
Claro está que o conhecimento do esoterismo, da astrologia, dos orixás, do magnetismo, da física, da química, da Apometria, das escolas orientalistas, da magia e do ocultismo, de maneira geral, contribuirão para que tenhais fundamentos no manuseio desses elementos materiais, tão importantes no mundo das formas para as vossas concentrações. Todavia, não deveis vos deixar aprisionar pela manipulação desses recursos, ou vos tornar dependentes dos rituais.
Avaliai sempre, em vossa conduta, os trabalhos que são realizados em desdobramento astral durante o sono físico, em que podemos criar, através do ectoplasma, as formas necessárias para socorrer, respeitando as peculiaridades de cada consciência que está evoluindo. Assim, a inferioridade e a fraqueza de ideias que vos expõem aos espíritos zombeteiros, que abusam de vossa credulidade, não está em usar ou não ferramentas materiais, e sim em vossas intenções íntimas. Ao dispensar-se a manipulação dos elementos materiais e as formas verbalizadas, não vos considereis superior aos vossos irmãos de senda evolutiva, como os da Apometria ou da Umbanda. De nada adianta o mentalismo ao espiritualista desprovido de fraternidade, amor, humildade e solidariedade crística.

LIVRO: JARDIM DOS ORIXÁS, psicografado por Norberto Peixoto/Ramatís. Ed. do Conhecimento.

*Grifos do Blog

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