quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Estresse por Pai João de Angola

Quando você só quer tirar nota dez nas provas da vida, há dois lados. Um deles é sinal evidente de que você quer levar a sério as lições da vida; o outro é sinal de que você está com dificuldade de conviver com seu limite, com sua realidade. O segredo para iluminar esses dois lados é sempre fazer apenas o seu melhor e nada mais.

E o fio chega para conversar com nego véio e diz: “Tenho a sensação de que há algo me prejudicando na vida. Estou frustrado com minha profissão. Cansado, porque, quanto mais faço, menos produzo. Não estou dormindo bem, não descanso no sono. O que antes era divertido e fácil me causa fadiga. Tenho muito medo de perder o emprego. A memória tem falhado com frequência e estou muito irritado. Apareceram algumas manchas roxas pelo corpo, e todos os exames que fiz não deram em nada. Então, uma amiga me disse que era obsessão, e estou aqui para me livrar disso. O senhor pode me ajudar, Pai João?”.

E nego disse pro fio que podia sim. Comecei dizendo que o nome disse é outra coisa e que é uma doença. E o fio me perguntou: “Qual?”. Nego respondeu: “Estresse.”.

Estresse, fio, é igual um incêndio na mente. É uma pane, uma falha de funcionamento da mente. Pessoas estressadas carregam tudo que podem por onde estiverem. Coisas boas e coisas ruins. Estão frágeis psíquica e energeticamente. Ficam muito desprotegidas, com aura frágil às ameaças do ambiente.

Quando não reconhecemos nossos limites, atraímos más energias, doenças e péssimas relações para a nossa vida, simplesmente porque, sem reconhecê-los, assumimos responsabilidades que estão muito além de nossas forças, de nossa inteligência, de nossas habilidades e também de nossos compromissos cármicos.

Tem muito fio que acredita que a vida traz tudo o que a gente tem que passar, mas nem sempre é assim.

Nós também buscamos muitas coisas que não precisamos por conta de não saber o que tem ou não a ver com nossas capacidades e necessidades. Algumas pessoas, por ganância, fazem mais do que podem. Outras, por preguiça, agem menos do que podiam. São limites que não foram descobertos.

Reconhecer nossos limites é o mesmo que encontrar a estrada ou a direção pessoal de nosso processo de evolução, evitando desvios e atalhos infelizes.

Tem fio que quer dar conta de tudo. Exige demais de si e, o pior, acaba se transformando no cobrador implacável de si mesmo e dos outros. Ninguém suporta esse mecanismo de exigência descontrolada. Uma hora vem a doença, ou algum outro problema, para brecar esse ritmo.

Existe uma doença na aura e no duplo etérico chamado “bolsão energético”. São pequenas “fibroses” de energia com alto teor de concentração que se tornam autênticos abcessos etéricos.

Esses bolsões são resultados de estados emocionais tóxicos cultivados longamente que impedem o equilíbrio e a saúde energética. Concentram-se em alguns pontos meridianos da acupuntura chinesa correspondentes às emoções que não estão sendo transmutadas na intimidade do ser.

Existem bolsões de inveja, medo, irritação, desvalor pessoal, mágoa e outros tantos.

Eles irradiam uma força bactericida para toda a aura e despejam, no corpo físico, as mais diversas formas de doença. São como plugs aptos a receber forças ambientais, mentais ou espirituais capazes de criar uma sinergia que prejudica a proteção e a saúde.

Mais do que técnica, precisamos de amor. Estamos todos precisando de proteção, mas corpo fechado depende de emoção equilibrada e mente vigilante.

Nada é mais desejado, em um planeta tão perigoso quanto a Terra, do que proteção. Os fios querem proteção, e isso é muito justo. Porém, proteção emprestada em nome da misericórdia tem tempo contado e curto.

Os fios querem que os outros resolvam coisas que os próprios fios têm que resolver. É como pedir a alguém que faça ginástica por ele. Alguém pode se alimentar pelo outro? Alguém pode respirar pelo outro? Há leis que são intransferíveis e imutáveis.

Os fios querem proteção e não conseguem orar uma vez ao dia? Só uma veizinha, mufanzio?

Os fios querem proteção, mais não respeitam a si mesmo, às suas forças, aos seus limites, e depois fica tudo estressado. Cansados de dar dó.

Proteção conquistada é para sempre e para ser usada quando quiser e precisar.

O autoamor é a maior fonte espiritual de proteção. Maior até do que as várias e valorosas práticas e crendices de defesa mais conhecidas de todos os tempos.

Na estrada do autoamor, os fios vão encontrar a solução para os excessos de todo tipo.

Quem se ama respeita seus limites.

Estresse e bolsões energéticos
Pai João de Angola.
Wanderley Oliveira. Livro: “Fala, Preto Velho”. Ed. Dufaux.

*Grifos do Blog

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