Mensagem do Espírito Zarthú por Eloy Augusto

Mensagem – “Convite ao Trabalho”, pelo Espírito Zarthú.

Irmãos e filhos queridos! Que a paz de Jesus faça morada em seus corações, amparando-vos em suas evoluções e os auxiliando a despertar e expandir vossas consciências diante de suas reais necessidades, de progresso e elevação, porquanto sejam como o sabeis, leis do Senhor da Vida[0].

Filhos queridos, sem que seja de nosso intento exaltar os desarranjos variados da Humanidade, nos dois planos da Vida, fruto da falta de amor e da ignorância consciencial de grande parte dos espíritos que se encontram inseridos na carne e na psicosfera do orbe, faz-se preciso tecer-se alguns comentários acerca dos últimos fatos ocorridos no plano material, à luz do esclarecimento cristão.

Assim, é imprescindível o despertar do entendimento de que o mal não existe; verdadeiramente, o que há, é a ignorância, que, impedindo a plena manifestação do Deus interno que existe dentro de todos nós, leva muitos de meus filhos a trilhar os áridos caminhos da intolerância, da corrupção, da violência e do fanatismo, espalhando, por onde passem, os espinhais da dor e da discórdia, oriundos de sua mente profundamente enferma.

São eles, os nossos irmãos doentes, que, ignorando os apelos santificantes da própria consciência, necessitam de urgente amparo da Divina Misericórdia; e porquanto sejamos todos filhos de um mesmo Pai, com Ele comungando a luminosa e cristalina natureza, compete-nos todos, trabalhar na construção um mundo melhor, trabalhando em nós a compaixão àqueles que tombaram na fossa do erro, assim como nós mesmos, em caminhada pretérita, distantes que estamos da sublime angelitude.

Os filhos da Terra, desde há muito foram alertados dos tempos chegados, pelas Vozes do Céu, de quê haveria choro e ranger de dentes[1], e nas palavras do próprio Apóstolo, quem busca a santidade, que se santifique ainda mais; e quem busca a sujeira, que se suje ainda mais[2]. Contudo, nada se encontra perdido e tudo o que se encontra ocorrendo dentro da sociedade e da civilização humanas, concorrem para o progresso e para alcançar nova etapa consciencial, individual e coletiva: nada se perde, tudo se transforma![3] A fase atual, assim, assemelha-se à tempestade transitória e higienizadora, que, apesar de incômoda, é benéfico recurso ao reajuste da atmosfera, perfeitamente atendendo à Lei de Ação e Reação...

Despertai, irmãos queridos, à consciência de que, como Jesus, devemos ser um com o Pai[4], mantendo estreita conexão com o Senhor da Vida, que, nestes tormentosos momentos de dor, espera-nos o concurso necessário e alimenta-nos o ideal e a esperança. Pois que, havendo choro e ranger de dentes, sejam os meus irmãos, aqueles que busquem amar, esclarecer e consolar, exaltando a beleza da Vida, as conquistas do Amor e a sublimidade da Fé.

Naturalmente que toda luz acesa em meio às trevas, será combatida pelos filhos do desequilíbrio; toda manifestação de esclarecimento e fé será confrontada por aqueles que caíram no deboche e na insânia. O Reino de Deus é dos mansos e pacíficos[5], o que quer dizer, trabalhar e opor-se às trevas sem violência e sem empregar semelhantes recursos de combate, pois que, mantendo-se perseverantes na tarefa que vos compete, no Planeta que ora vos abriga, igualmente sofrendo o resultado deletério da coletividade desregrada, terás o apoio dos companheiros espirituais, que lhes sustentarão na caminhada reta, porquanto seja sua obrigação, o vigiar e orar para não cairdes em tentação[6].

Equipes inúmeras, na Espiritualidade, se encontram em incessante tarefa de socorro nas terras do Cruzeiro[7], sob as bênçãos de Ismael, no amparo aos filhos abruptamente desenlaçados do corpo e no urgente trabalho nos meios naturais, em comunhão com os Espíritos da Natureza e suas Forças Vibratórias – Orixás – no imediato reajuste do bioma de vossa pátria, que, seriamente comprometido, poderá – se não receber os devidos cuidados por parte dos encarnados –, prolongar-se em prejuízos maiores dos que aqueles já vivenciados, à posteridade.

O Reino de Deus está dentro de nós[8], e necessita ser manifestado, porque somente quando meus filhos manifestarem maior amorosidade, indulgência e compreensão às necessidades alheias, colocando-se no lugar do outro e buscando compreende-lo, em sua dor e em sua ignorância, é que a consciência dilata-se a novo patamar de serviço cristão e o trabalho aperfeiçoa-se.

Trabalhem, portanto, junto àqueles que comungam convosco nas abençoadas tarefas rotineiras, auxiliando o quanto puderem, espalhando a brisa da esperança e da bondade, junto ao lar, na escola, na faculdade, nos afazeres profissionais ou na comunidade religiosa; entre amigos, na fila da padaria, do banco, ou no trânsito, pois que, pequenos atos de amor, de paciência e de tolerância, são capazes de ajudar na transformação do Planeta Terra, prevenindo desequilíbrios comportamentais que resultariam em brigas, que apenas fortaleceriam as correntes psíquicas desequilibrantes, que ora transitam ao redor do orbe, alimentada pelos seus próprios moradores invigilantes.

O Pai espera por cada um de nós, desejoso que, na condição de Seus filhos, espalhemos o bálsamo da alegria e do perdão, da fraternidade e do respeito, da compreensão e da caridade, do amor e da indulgência, porquanto Ele, em Sua sabedoria, espera tanto o filho pródigo[9], quanto o trabalhador[10], para a labuta em Sua Vinha, não obstante nossas limitações e imperfeições, demonstremos disposição à redentora tarefa.

Meditai, assim, meus queridos irmãos, no quanto tendes se empenhado nas tarefas que lhes compete realizar e nas responsabilidades assumidas, atentando-se ao alerta da Parábola de Núpcias[11].

Com carinho fraternal, agradecido ao Pai Criador e desejoso de que a paz do Cristo seja com todos nós...

Zarthú.

(Canalizado pelo médium Eloy Augusto. SP. 16/11/15).

[0] Livro dos Espíritos. Questão 621. “Onde está escrito a Lei de Deus? – Na consciência!”.

[1] “E os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes” – Mateus, Cap. 8, V. 12.

[2] “Quem é injusto, seja injusto ainda; e quem é sujo, seja sujo ainda; e quem é justo, seja justificado ainda; e quem é santo, seja santificado ainda” – Apocalipse, Cap. 22, V. 11.

[3] Antoine Lavoisier.

[4] “Eu e o Pai somos um” – João, Cap. 10, V. 30.

[5] “Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra; Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus” – Mateus, Cap. 5, V. 5 e 9.

[6] “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” – Mateus, Cap. 26, V. 41.

[7] Brasil.

[8] “E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós” – Lucas, Cap. 17, V. 20 e 21.

[9] Parábola do filho pródigo. Lucas, Cap. 15, V. 11 ao 32.

[10] Parábola do Trabalhador da última hora. Mateus. Cap. 20. V. 1 ao 16.

[11] Parábola da festa de núpcias. Mateus. Cap. 22. V. 1 ao 14.