quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Experimente o perdão por Pai João de Aruanda

Não deixe o rancor tomar conta de seus dias nem a culpa dominar sua mente. Você precisa se perdoar, meu filho. Experimente o benefício do perdão e você se libertará de tanta coisa arraigada e endurecida dentro do seu coração. Deus, que é sábio e perfeito, não exige tanto de você quanto você mesmo. Que tal parar com essa cobrança intensa e viver com mais simplicidade? 

As coisas podem estar difíceis, mas, do jeito que você impinge culpa a si mesmo, não há como nada ficar melhor.
Reavalie suas possibilidades e entenda que você não tem de aceitar tudo e não deve ser santinho o tempo todo. Também não conseguirá agradar a todo mundo, não. Nem o Nosso Senhor Jesus Cristo conseguiu. É preciso compreender que todos tem limites e que devemos respeitá-los. Você mesmo tem seus próprios limites, e, se errou como pensa que errou, estamos todos em processo de aprendizado.

Que há?
Toque a bola pra frente, como vocês costumam dizer aí, na Terra.
Dê uma chance a você mesmo e se perdoe. Permita-se a benção do recomeço sem sentimento de culpa ou cobranças indébitas.
Muitas vezes, quando a gente erra, nem sequer é porque se planejou errar. Existem erros de percurso, aqueles naturais do aprendiz, que ainda não tem experiência. Outros são aqueles resultantes de situações que independem do próprio ser, e, ainda, há aqueles equívocos que surgem devido à nossa falta de senso de limite. Não respeitamos nossos limites nem os alheios.
Mas aprenda, meu filho, que criança alguma caminha sem antes cair. Somos aprendizes da vida, crianças espirituais. Não significa dizer que devemos errar indefinidamente, mas que precisamos urgentemente exercitar o perdão a nós mesmos. Compreender que fomos criados perfectíveis, e não perfeitos – portanto, com a possibilidade do erro inserida em nosso programa evolutivo.

Perdoe-se e viva melhor. Ame-se mais e permita-se ser humano.
Quem não exerce o perdão consigo próprio encaixote-se em culpas e respira em clima de autopunição. Existe maior cativeiro que o da escravidão da mente que se acorrenta em culpa? Esse tipo de grilhão mental, não há princesa nem decreto que o rompa, não há força que o arrebente. Somente você poderá se libertar de si mesmo e viver um clima interior de paz. Sem o esforço do autoperdão, meu filho, não há como prosseguir no aprendizado que a vida proporciona.

Prisioneiro da culpa, o espírito não precisa de carrasco, feitor ou verdugo, pois ele mesmo dilacera sua própria intimidade, não se permite viver em plenitude nem apreciar as coisas boas e belas da vida. A culpa faz com que o mundo ao seu redor pareça esfumaçado e cinzento; o não perdoar tinge o céu interior de nuvens sombrias de pessimismo, desanimo e martírios.
A verdadeira libertação é a libertação interior, mental, que, por sua vez, produz filhos com mente sadia, aptos para produzir atitudes de qualidade em suas vidas.

Experimente se perdoar e veja como ficará bem melhor a paisagem a sua volta.

Experimente o perdão
Pai João de Aruanda. 
“Sabedoria de Preto Velho”, Robson Pinheiro, Ed. Casa dos Espíritos.

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