sábado, 16 de junho de 2018

Religiões, por Emmanuel


292 – Em que sentido deveremos tomar o conceito de religiões?

Religiões, para todos os homens, deveria compreender-se como sentimento divino que clarifica o caminho das almas e que cada espírito apreenderá na pauta do seu nível evolutivo.
Neste sentido, a Religião é sempre a face augusta e soberana da Verdade; porém, na inquietação que lhes caracteriza a existência na Terra, os homens se dividiram em numerosas religiões, como se a fé também pudesse ter fronteira, à semelhança das pátrias materiais; tantas vezes mergulhadas no egoísmo e na ambição de seus filhos.
Dessa falsa interpretação tem nascido no mundo as lutas anti-fraternais e as dissensões religiosas de todos os tempos. 

293 – As religiões que surgiram no mundo, antes do Cristo, tinham também por missão principal a preparação da mentalidade humana para a sua vinda?

Todas as ideias religiosas, que as criaturas humanas traziam consigo do pretérito milenário, destinavam-se a preparar o homem para receber e aceitar o Cordeiro de Deus, com a sua mensagem de amor perene e reforma espiritual definitiva.
O Cristianismo é a síntese, em simplicidade e luz, de todos os sistemas religiosos mais antigos, expressões fragmentárias das verdades sublimes trazidas ao mundo na palavra imorredoura de Jesus.
Os homens, contudo, não obstante todos os elementos de preparação, continuaram divididos e, e dentro das suas características de rebeldia, procrastinaram a sua edificação nas lições renovadoras do Evangelho. 

294 – Reconhecendo-se que várias seitas nasceram igualmente do Cristianismo, devemos considera-las cristãs, ou simples expressões religiosas insuladas da verdade de Jesus? 

Todas as expressões religiosas nascidas do Cristianismo se identificam pela seiva de amor do tronco que as congrega, apesar dos erros humanos de seus expositores. 
Os sacerdotes das mais diversas castas inventaram os manuais teológicos, os princípios dogmáticos e as fórmulas políticas; todavia, nenhum esforço humano conseguiu deslustrar a claridade divina do “amai-vos uns aos outros”, base imortal de todos os ensinos de Jesus, cuja luminosa essência identifica as castas entre si, em todas as posições e tarefas especializadas que lhes foram conferidas. 

LIVRO: O CONSOLADOR. FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL.
*Grifos do Blog.

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