O que é isso, meu irmão?
Porque que falar da casa do outro quando a nossa casa está cheia de
motivos para transformação?
Pra que citar os insucessos espirituais alheios, quando nos falta muito para
aprender, caminhar e acertar?
Não perca tempo relatando ocorrências infelizes dos outros. E também,
tanto quanto nós, se esforçam como podem para deter a miséria de muita gente e
resgatar sua dignidade perdida.
Mensageiros do bem, trabalhando em nome do Nosso Senhor em outra
seara, com outros instrumentos, e se nós estivéssemos no lugar deles, talvez não
saberíamos agir de outra forma.
Eles, no lugar em que nos encontramos, servindo conforme a cartilha que
seguimos, deixamos muito a desejar. Falta-nos imensos caminhos a percorrer até
que possamos ser considerados verdadeiros trabalhadores do nosso Pai. Pense nisso, meu filho, e aprendamos juntos a dominar a palavra que sai de nossa boca e a
controlar os comentários infelizes em relação àqueles que foram chamados por Jesus
para realizar tipo de tarefa que nós rejeitamos fazer.
No final daquela reunião cujos comentários invocavam a intolerância
religiosa, o pai-velho assume o médium e fala, de forma a tocar os corações.
Lá vem vovô descendo a ladeira com sua sacola. E com seu rosário e com
seu patuá, ele vem de Angola.
Eu quero ver, vovô, eu quero ver,
eu quero ver se
filho de Zambi tem querer.
DO LIVRO SABEDORIA DE PRETO VELHO, ROBSON PINHEIRO/PAI JOÃO DE ARUANDA.
EDITORA CASA DOS ESPÍRITOS.
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