segunda-feira, 18 de junho de 2018

Grupos espíritas, críticas e extravagâncias doutrinárias, por Emmanuel


363 – Como se justifica a existência de certas lutas anti-fraternas dentro dos grupos espiritistas?

Os agrupamentos espiritistas necessitam entender que o seu aparelhamento não pode ser análogo ao das associações propriamente humanas.
Um grêmio espírita-cristão deve ter, mais que tudo, a característica familiar, onde o amor e a simplicidade figurem na manifestação de todos os sentimentos.
Em uma entidade doutrinária, quando surgem as dissensões e lutas internas, revelando partidarismos e hostilidades, é sinal de ausência do Evangelho nos corações, demonstrando-se pelo excesso de material humano e pressagiando o naufrágio das intenções mais generosas.
Nesses núcleos de estudo, nenhuma realização se fará sem fraternidade e humildade legítimas, sendo imprescindível que todos os companheiros entre si, vigiem na boa-vontade e na sinceridade, a fim de não transformarem a excelência do seu patrimônio espiritual numa reprodução dos conventículos católicos, inutilizados pela intriga e pelo fingimento.

364 – O espiritista para evoluir na Doutrina necessita estudar e meditar por si mesmo, ou será suficiente frequentar as organizações doutrinárias, esperando a palavra dos guias?

É indispensável a cada um o esforço próprio no estudo, meditação, cultivo e aplicação da Doutrina, em toda a intimidade de sua vida.
A frequência às sessões ou o fato de presenciar esse ou aquele fenômeno, aceitando-lhe a veracidade, não traduz aquisição de conhecimentos.
Um guia espiritual pode ser um bom amigo, mas nunca poderá desempenhar os vossos deveres próprios, nem vos arrancar das provas e das experiências imprescindíveis à vossa iluminação. 
Daí surge a necessidade de vos preparardes individualmente, na Doutrina, para
viverdes tais experiências com dignidade espiritual, no instante oportuno. 

365 – Como deveremos receber os ataques da crítica?

Os espiritistas devem receber a crítica dos campos de opinião contrária, como
máximo de serenidade moral, reconhecendo-lhe a utilidade essencial.
Essas críticas se apresentam, quase sempre, com finalidade preciosa, qual a de
selecionar, naturalmente as contribuições da propaganda doutrinária, afastando os elementos perturbadores e confusos, e valorizando a cooperação legítima e sincera, porque todo ataque à verdade pura serve apenas para destacar e exaltar essa mesma verdade.

366 – Como deverá agir o espírita sincero, quando encontre perante certas
extravagâncias doutrinárias?

À luz da fraternidade pura, jamais neguemos o concurso da boa palavra e da contribuição direta, sempre que oportuno, em benefício do esclarecimento de todos, guardando, todavia, o cuidado de nunca transigir com os verdadeiros princípios evangélicos, sem, contudo ferir os sentimentos das pessoas. E se as pessoas perseverarem na incompreensão, cuide cada trabalhador da sua tarefa, porque Jesus afirmou que o trigo cresceria ao lado do joio, em sua seara santa, mas Ele, o Cultivador da Verdade Divina, saberia escolher o bom grão na época da ceifa. 

LIVRO: O CONSOLADOR. FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL.
*Grifos do Blog.

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