392. Pode contar um médium, de maneira absoluta, com os seus guias espirituais,
dispensando os estudos?
Os mentores de um médium, por mais dedicados e evoluídos, não lhe poderão
tolher a vontade e nem lhe afastar o coração das lutas indispensáveis da vida, em
cujos benefícios todos os homens resgatam o passado delituoso e obscuros,
conquistando méritos novos.
O médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalhar
em todos os instantes pela sua própria iluminação. Somente desse modo poderá habilitar-se para o desempenho da tarefa que lhe foi confiada, cooperando eficazmente
com os Espíritos sinceros e devotados ao bem e á verdade.
Se um médium espera muito dos seus guias, é lícito que os seus mentores
espirituais muito esperam do seu esforço. E como todo progresso humano, para ser
continuado, não pode prescindir de suas bases já edificadas no espaço, sempre que
possível, criando o hábito de conviver com o espírito luminoso e benefício dos
instrutores da Humanidade, sob a égide de Jesus, sempre vivo no mundo, através dos
seus livros e da sua exemplificação.
O costume de tudo aguardar de um guia pode transformar-se em vício
detestável, infirmando as possibilidades mais preciosas da alma. Chegando-se a esse
desvirtuamento, atinge-se o declive das mistificações e das extravagâncias
doutrinárias, tornando-se o médium preguiçoso e leviano responsável pelo desvio de
sua tarefa sagrada.
DO LIVRO O CONSOLADOR, psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER/EMMANUEL.
*Grifos do Blog.
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