Linha dos Malandros
A Umbanda, sendo uma religião de inclusão, dá abertura a todos que virem fazer a caridade. Os Espíritos da Linha dos Malandros são oriundos dos grandes centros urbanos, notadamente o Rio de Janeiro. São cordiais, alegres, foram músicos, compositores, poetas, escritores, boêmios, dançam gingado quando incorporam, apresentam-se usando chapéus ao estilo panamá e sua tradicional vestimenta é calça branca, sapato branco (ou branco e vermelho), terno branco, gravata vermelha e bengala. Ensinam-nos, sobretudo, o jogo de cintura que devemos ter para "driblar" os desafios da vida nas metrópoles.
Assim é o malandro, simples, amigo, leal, camarada e verdadeiro. Nunca se deixa enganar e desmascara sem cerimônia a hipocrisia e a mentira. Apesar da figura folclórica do malandro urbano, de jogador, preguiçoso, são espíritos trabalhadores, benfeitores e detestam que façam mal ou enganem as pessoas. Tem grande capacidade espiritual para desamarrar feitiços e desmanchar trabalhos feitos. São experts para desembaraçar conflitos interpessoais no campo dos relacionamentos afetivos, notadamente quando as vítimas foram "magiadas".
TRECHOS DO LIVRO: APOMETRIA, OS ORIXÁS E AS LINHAS DE UMBANDA, Cap. 11. Norberto Peixoto. Legião Publicações.
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