quarta-feira, 16 de maio de 2018

Definição de Magia por Matta e Silva


Diz Papus, em seu Tratado Elementar de Magia Prática que: “Para ser mágico não é bastante saber teoricamente, não é suficiente ter manuseado este ou aquele tratado; é mister desenvolver um esforço próprio, pois que é dirigido freqüentemente cavalos cada vez mais fogosos que um cocheiro pode tornar-se perito no ofício”...

E prossegue: “O que distingue a Magia da ciência oculta em geral é que a primeira é uma ciência prática, ao passo que a segunda é principalmente teórica” etc...

A Magia, sendo uma ciência prática, requer conhecimentos teóricos preliminares, como todas as ciências práticas. Entretanto pode-se ser mecânico depois de ter passado pela Escola de Artes e Ofício (engenheiro mecânico), ou mecânico depois de simples aprendizagem (operário-mecânico). Há mesmo em certos lugarejos operários em magia que produzem alguns fenômenos curiosos e realizam certas curas, porque eles aprenderam a fazê-las vendo como eram feitas por quem lhes ensinou. São chamados geralmente de ‘feiticeiros’ e, com franqueza, são injustamente temidos” ...

Então, diz logo a seguir que, sendo a Magia prática, é uma ciência de aplicação e que um dos elementos básicos a ser usado pelo operador deve ser em primeiro lugar a sua vontade; ela é que é o principio diretor, o cocheiro que conduz todo o sistema. E logo interroga: “Mas em que vai ser aplicada essa vontade? Sobre a matéria, nunca”.

E deixa bem claro que essa vontade deve ser dirigida sobre o plano astral através de um intermediário... “o qual por sua vez vai reagir sobre a matéria”... E continua adiantando mais o seguinte: “antigamente podia-se definir a Magia como a aplicação da vontade às forças da natureza”... Hoje, porém, essa definição é muito vaga e não corresponde à ideia que um ocultista deve fazer da Magia Prática.

E é fora de dúvidas que são forças da natureza que o operador põe em ação sob o influxo de sua vontade. Porém, que forças são essas?”... 

E para não nos estendermos mais com o pensamento de Papus, citemos como final a sua definição de magia: “A Magia é a aplicação da vontade humana, dinamizada, à evolução rápida das forças vivas da natureza”...

(...) A Magia não tem como base (como pregam certos ocultistas) a força dos astros ou a chamada astrologia esotérica. A Magia é em realidade uma ação poderosa do fluido-matriz que se infiltra em tudo, através dos tatwas ou linhas de força, esses mesmos que dão formação aos citados planetas ou astros. Para sermos mais claros, a Magia é precisamente esse fluido-matriz magnético, que promove a ação dessas outras forças tidas como de atração, repulsão e coesão. Portanto, está quer na natureza íntima de um simples átomo, quer na natureza complexa de um grande corpo celeste...

Assim, a Magia é a única força básica de que o espírito se serve para imantar, atrair, fixar sobre si mesmo os elementos próprios da “natura naturandis”, assim como as infinitesimais partículas de energia universal, que, por via da ação (desconhecida) mágica desse fluido-matriz magnético, se transformam em átomos físicos propriamente ditos... É ainda em conseqüência dessa imantação que o espírito procede sobre si (na maioria dos casos auxiliados pelos chamados técnicos siderais) que surgem os ditos como corpo mental, corpo astral e daí as condições para o próprio corpo físico ou humano...

Esse fluido-matriz magnético – essa magia – o espírito sempre o teve como próprio de sua natureza vibratória, como uma mercê conferida pelo Poder Supremo, desde o momento em que ele desejou a VIA KARMICA que depende de energia ou de matéria...

DO LIVRO: SEGREDOS DA MAGIA DE UMBANDA E QUIMBANDA. W. W. Da Matta e Silva.

*Grifos do Blog.

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