sexta-feira, 25 de maio de 2018

Linha dos Marinheiros na Umbanda

Linha dos Marinheiros

A Linha dos Marinheiros está ligada ao mar e às descargas energéticas. A descarga de um terreiro deve ser feita sempre ao final dos trabalhos caritativos. No caso específico do Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade, não temos aconselhamentos públicos com esta vibratória. Os marinheiros, adestrados psicólogos, conhecem profundamente a hipocrisia humana. Espíritos calejados, viajaram e conheceram muitos países ao redor do mundo, são ecléticos e versáteis, nos ensinando a ter mais jogo de cintura; simbolicamente, nos ensinam a ficar de pé, mesmo com o sacolejo do navio, que balança mas não cai.

São exímios destruidores de feitiços, cortam ou anulam todo "embaraço" que possa estar dentro de um templo ou, ainda, próximo aos seus médiuns trabalhadores. Infelizmente, muitos interpretam mal esta linha ou, o que é pior, são mistificados por espíritos beberrões que comparecem nos trabalhos para se embriagar, sorvendo os eflúvios etílicos de seus médiuns. Muitas casas deixam correr livres as bebidas alcoólicas, o que não tem nenhuma ligação com a genuína Umbanda; beber mediunizado, fato gerado por incúria de dirigentes e médiuns despreparados.

O Espírito-chefe da falange dos marinheiros que atua em nossa egrégora foi um marujo português que veio para o Brasil no início da colonização; disse chamar-se Zé Luzeiro. Sua tarefa era guiar as embarcações que chegavam à Baía de Guanabara com mantimentos de Portugal até a costa, de forma segura. Por vezes, isso se dava à noite e, pela iminência de tempestade, entrava com seu pequeno barco e um candeeiro de óleo de baleia içado na proa (daí ser conhecido como Zé Luzeiro). Disse-nos que, assim como guiava as embarcações até um local seguro e evitava que elas encalhassem, nos ajudaria a conduzir as almas perdidas na crosta para o porto seguro do mundo espiritual.

Zé Luzeiro coordena a falange de marinheiros para fortalecer as descargas energéticas que ocorrem ao final de cada sessão, auxiliando na condução, para o mundo dos espíritos, de irmãos sofredores desencarnados que estavam "grudados" nos consulentes. Não podendo ficar na contrapartida Astral do terreiro em atendimento, são conduzidos pelos marinheiros para outro local vibratório mais indicado para eles, no plano espiritual.

TRECHOS DO LIVRO: APOMETRIA, OS ORIXÁS E AS LINHAS DE UMBANDA, Cap. 11. Norberto Peixoto. Legião Publicações.

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