quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Insetos astrais 1 - baratas

— Pois bem — continuou a explicar o preto-velho. — Ao longo do tempo, aliás, ao longo dos milênios, o ser humano conviveu intensamente com pestes, animais selvagens e algumas formas de seres que durante eras têm acompanhado a marcha humana sobre a Terra. Com o decorrer do tempo, o imaginário popular[1] classificou alguns desses seres como criaturas pestilenciais, negativas, que provocam asco em qualquer pessoa que com elas se depare. Formou-se, a partir daí, uma espécie de egrégora, com tais formas firmemente associadas a situações e idéias desagradáveis. Na verdade, tornaram-se símbolos dessas situações. Por exemplo: a barata causa mal-estar, nojo, repulsa. As aranhas, em especial as maiores, consideradas perigosas, transmitem uma ideia de repugnância, medo e horror, assim como ocorre com ratos, cobras e escorpiões, cada um a sua maneira.
“Quando a mente em desequilíbrio produz matéria mental tóxica, mórbida e doentia, essa matéria adquire imediatamente o aspecto já consagrado pelas mentes de milhões de criaturas como algo indesejável(...)”

[1] Nota do Editor do Blog: acerca das informações aqui transmitidas sobre o imaginário popular, também conhecido por mental coletivo, sugerimos a leitura do Cap. 14, item 15 de A Gênese, de Allan Kardec, que explica acerca das criações mentais.

Assim que pronunciou essas palavras, Pai João nos chamou a atenção para dois jovens que passavam em frente a uma casa noturna, inebriados com a ideia de adentrar no ambiente eletrizante. Paramos do lado de fora, observando o trânsito de pessoas, quando o pai-velho apontou em direção ao solo, próximo aos pés das pessoas, particularmente dos dois jovens. Algo parecido com baratas surgia por onde pisavam; porém, as formas pareciam ser feitas de plástico. Moviam-se pernas acima, como que absorvendo dos encarnados alguma espécie de alimento invisível, mas necessário. Novamente foi Pai João quem nos orientou:

— As baratas, meus filhos, são animais de hábitos noturnos. Nesse período é que saem do abrigo para alimentação, cópula, oviposição, dispersão e voo. Portanto, as formas-pensamento inferiores, quando assumem a aparência de baratas, são classificadas como parasitas noturnos. Naturalmente, são encontrados onde há maior concentração de energias mentais desequilibradas e maior número de pessoas reunidas, cujo hálito mental esses parasitas absorvem, a fim de se manterem vitalizados.[2]

[2] Nota do Editor do Blog: Podemos citar de exemplo, quanto aos locais onde há maior concentração de energias desequilibradas e maior número de pessoas reunidas, as baladas have, bailes funk, prostíbulos, motéis e bares. Todo lugar onde há o sexo desregrado, o uso de bebidas alcoólicas, alucinógenos e drogas ilícitas, por exemplo, se enquadram nesta condição.

Quando consideramos os parasitas astrais elaborados e mantidos através de formas-pensamento inferiores com feição de baratas, podemos entender que o fluido mórbido que serviu de matéria-prima para esses insetos também tem comportamento noturno, tal qual suas duplicatas do mundo visível. São formas parasitárias comumente encontradas em ambientes fechados e possuem hábitos que contrariam a higiene mental e espiritual. Por analogia, são atraídas para lugares onde se encontra uma população encarnada que adota hábitos compatíveis com os seus, onde, ainda por cima, não há muita luz natural. Tais criações não assimilam corretamente as radiações solares, por isso a atração por locais que funcionam à noite. Como regra, sugam as energias de seus hospedeiros a partir dos membros inferiores, provocando nos encarnados uma descompensação energética intensa."


Do livro LEGIÃO, psicografado por ROBSON PINHEIRO/ÂNGELO INÁCIO. Ed. Casa dos Espíritos.

*Grifos do Blog.

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