— Pois bem — continuou a explicar o
preto-velho. — Ao longo do tempo, aliás, ao longo dos milênios, o ser humano
conviveu intensamente com pestes, animais selvagens e algumas formas de seres
que durante eras têm acompanhado a marcha humana sobre a Terra. Com o decorrer do tempo, o imaginário
popular[1] classificou alguns desses
seres como criaturas pestilenciais, negativas, que provocam asco em qualquer
pessoa que com elas se depare. Formou-se, a partir daí, uma espécie de
egrégora, com tais formas firmemente associadas a situações e idéias
desagradáveis. Na verdade, tornaram-se símbolos dessas situações. Por
exemplo: a barata causa mal-estar, nojo, repulsa. As aranhas, em especial as maiores,
consideradas perigosas, transmitem uma ideia de repugnância, medo e horror,
assim como ocorre com ratos, cobras e escorpiões, cada um a sua maneira.
“Quando
a mente em desequilíbrio produz matéria mental tóxica, mórbida e doentia, essa
matéria adquire imediatamente o aspecto já consagrado pelas mentes de milhões
de criaturas como algo indesejável(...)”
[1] Nota
do Editor do Blog: acerca das informações aqui transmitidas sobre o
imaginário popular, também conhecido por mental coletivo, sugerimos a leitura
do Cap. 14, item 15 de A Gênese, de Allan Kardec, que explica acerca das criações mentais.
Assim que pronunciou essas palavras, Pai
João nos chamou a atenção para dois jovens que passavam em frente a uma casa
noturna, inebriados com a ideia de adentrar no ambiente eletrizante. Paramos do
lado de fora, observando o trânsito de pessoas, quando o pai-velho apontou em
direção ao solo, próximo aos pés das pessoas, particularmente dos dois jovens.
Algo parecido com baratas surgia por
onde pisavam; porém, as formas pareciam ser feitas de plástico. Moviam-se pernas acima, como que absorvendo
dos encarnados alguma espécie de alimento invisível, mas necessário.
Novamente foi Pai João quem nos orientou:
— As baratas, meus filhos, são animais
de hábitos noturnos. Nesse período é que saem do abrigo para alimentação,
cópula, oviposição, dispersão e voo. Portanto, as formas-pensamento inferiores, quando assumem a aparência de baratas,
são classificadas como parasitas noturnos. Naturalmente, são encontrados onde
há maior concentração de energias mentais desequilibradas e maior número de
pessoas reunidas, cujo hálito mental esses parasitas absorvem, a fim de se
manterem vitalizados.[2]
[2] Nota
do Editor do Blog: Podemos citar de exemplo, quanto aos locais onde há
maior concentração de energias desequilibradas e maior número de pessoas
reunidas, as baladas have, bailes funk, prostíbulos, motéis e bares. Todo lugar
onde há o sexo desregrado, o uso de bebidas alcoólicas, alucinógenos e drogas
ilícitas, por exemplo, se enquadram nesta condição.
“Quando
consideramos os parasitas astrais elaborados e mantidos através de
formas-pensamento inferiores com feição de baratas, podemos entender que o
fluido mórbido que serviu de matéria-prima para esses insetos também tem
comportamento noturno, tal qual suas duplicatas do mundo visível. São formas parasitárias comumente
encontradas em ambientes fechados e possuem hábitos que contrariam a higiene
mental e espiritual. Por analogia, são atraídas para lugares onde se
encontra uma população encarnada que adota hábitos compatíveis com os seus,
onde, ainda por cima, não há muita luz natural. Tais criações não assimilam
corretamente as radiações solares, por isso a atração por locais que funcionam
à noite. Como regra, sugam as energias de seus hospedeiros a partir dos membros
inferiores, provocando nos encarnados uma descompensação energética
intensa."
Do livro LEGIÃO, psicografado por ROBSON
PINHEIRO/ÂNGELO INÁCIO. Ed. Casa dos Espíritos.
*Grifos
do Blog.
Obrigada pelas elucidações tão importantes.
ResponderExcluirfaz todo o sentido... Muito grata!
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