Acontece que o dom ou a faculdade curativa é inerente ao benzedor, e não depende, de
modo algum, de objetos, ervas ou ritos, assim como a faculdade de radiestesia é
própria do radiestesista e não do pêndulo que ele usa. Mas varia o modo e a
preferência de um benzedor para outro, quanto ao uso de certos ingredientes ou
sistema de operar. Aqui, a preta velha benze utilizando-se de galhos de
arruda, ou palha benta, esconjurando os fluidos ruins e fazendo cruzes sobre o
paciente; ali, outra criatura usa de rosário, escapulário, talismã ou bolsinha
de oração; acolá, o caboclo benze cruzando o corpo do enfermo com objetos de
aço para atrair e imantar os maus fluidos, objetos que depois ele lança atrás
da porta ou na água corrente. Alguns benzedores solicitam dos enfermos objetos
como faca, canivetes e até chaveiros usados, e que depois atiram fora,
convictos de os terem imantado com os fluidos ruins do benzido!
Alguns cortam fios de linha sobre pires
de água para eliminar os vermes de “bolsa” das crianças; ou benzem com
fragmentos de carvão fazendo a diagnose do paciente conforme o comportamento
dos mesmos no líquido; outros recortam o desenho do pé do paciente sobre uma
folha de figo-bravo, a fim de curar o fígado engurgitado. Nos terreiros, os
pretos-velhos sopram a fumaça do cachimbo ou do charuto sobre os enfermos, para
esconjurar as cargas malévolas. Há benzimentos de cobreiros, impingens,
verrugas e simpatias; benzedores que “costuram” rasgaduras e consertam “mau
jeito”, com resultados positivos, provando sensibilidade mediúnica dessas
criaturas abnegadas.
Os
objetos usados nos benzimentos funcionam como acumuladores ou captadores de
fluidos ou forças etéreo-físicas. Mas há os benzedores que chegam a guardar o
leito, quando libertam enfermos de cargas fluídicas violentas e as atraem para
si próprios, enquanto outros veem-se obrigados a purificar a sua própria
residência, a fim de afastarem os eflúvios que ali se condensam depois do
trabalho heroico e caritativo em favor alheio. Em verdade, a carga fluídica,
nauseante, deletéria e ofensiva, a desprender-se das pessoas enfeitaçadas ou
com “quebranto”, causa impactos tão depressivos, que os próprios curandeiros
precisam socorrer-se dos colegas e submeter-se a igual terapia fluídica. São criaturas
anticientíficas, que ignoram as leis avançadas da física eletrônica ou nuclear
moderna, mas são diplomadas honrosamente na escola didática de Jesus!
PERGUNTA: - Por que as benzedeiras usam
o galho de pimenteira-brava para benzer certos cobreiros e eczemas?
RAMATÍS: - Malgrado a medicina oficial
considerar empirismo ou superstição a terapêutica exótica do benzimento, em
verdade, ele chicoteia e desintegra os
fluidos virulentos que nutrem os vírus de certas infecções da pele. Aliás, o
eczema, o cobreiro e certas infecções características da epiderme, que se
alastram de forma eruptiva, também queimam como brasas ou fogo. Consoante a lei
de que “os semelhantes curam os semelhantes”, os benzedores servem-se do
próprio galho verde da pimenteira-brava, para efetuarem a sua farofa benfeitora.
Sob o comando espiritual do benzedor, a aura etérica dos vegetais tóxicos e
queimantes, como a pimenteira-brava, atua no fluido mórbido e ardente do eczema
ou cobreiro, desintegrando-o pelos impactos magnéticos.
Extinto o terreno mórbido fluídico, que
alimenta os germens infecciosos, estes então desaparecem por falta de nutrição
apropriada. Após o benzimento, em que o
galho da pimenteira-brava absorve o morbo fluídico do cobreiro ou eczema, o
benzedor então manda o paciente
enterrá-lo, e à semelhança de um “fio-terra”, descarrega no solo a carga tóxica
ali aderida.
(do livro MAGIA DE REDENÇÃO, pelo
espírito RAMATÍS. Psicografado por Hercílio Maes em 1967. Ed. Do Conhecimento).
*Grifos do Blog.
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