segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Benzimento e a erva pimenteira

Acontece que o dom ou a faculdade curativa é inerente ao benzedor, e não depende, de modo algum, de objetos, ervas ou ritos, assim como a faculdade de radiestesia é própria do radiestesista e não do pêndulo que ele usa. Mas varia o modo e a preferência de um benzedor para outro, quanto ao uso de certos ingredientes ou sistema de operar. Aqui, a preta velha benze utilizando-se de galhos de arruda, ou palha benta, esconjurando os fluidos ruins e fazendo cruzes sobre o paciente; ali, outra criatura usa de rosário, escapulário, talismã ou bolsinha de oração; acolá, o caboclo benze cruzando o corpo do enfermo com objetos de aço para atrair e imantar os maus fluidos, objetos que depois ele lança atrás da porta ou na água corrente. Alguns benzedores solicitam dos enfermos objetos como faca, canivetes e até chaveiros usados, e que depois atiram fora, convictos de os terem imantado com os fluidos ruins do benzido!

Alguns cortam fios de linha sobre pires de água para eliminar os vermes de “bolsa” das crianças; ou benzem com fragmentos de carvão fazendo a diagnose do paciente conforme o comportamento dos mesmos no líquido; outros recortam o desenho do pé do paciente sobre uma folha de figo-bravo, a fim de curar o fígado engurgitado. Nos terreiros, os pretos-velhos sopram a fumaça do cachimbo ou do charuto sobre os enfermos, para esconjurar as cargas malévolas. Há benzimentos de cobreiros, impingens, verrugas e simpatias; benzedores que “costuram” rasgaduras e consertam “mau jeito”, com resultados positivos, provando sensibilidade mediúnica dessas criaturas abnegadas.

Os objetos usados nos benzimentos funcionam como acumuladores ou captadores de fluidos ou forças etéreo-físicas. Mas há os benzedores que chegam a guardar o leito, quando libertam enfermos de cargas fluídicas violentas e as atraem para si próprios, enquanto outros veem-se obrigados a purificar a sua própria residência, a fim de afastarem os eflúvios que ali se condensam depois do trabalho heroico e caritativo em favor alheio. Em verdade, a carga fluídica, nauseante, deletéria e ofensiva, a desprender-se das pessoas enfeitaçadas ou com “quebranto”, causa impactos tão depressivos, que os próprios curandeiros precisam socorrer-se dos colegas e submeter-se a igual terapia fluídica. São criaturas anticientíficas, que ignoram as leis avançadas da física eletrônica ou nuclear moderna, mas são diplomadas honrosamente na escola didática de Jesus!

PERGUNTA: - Por que as benzedeiras usam o galho de pimenteira-brava para benzer certos cobreiros e eczemas?
RAMATÍS: - Malgrado a medicina oficial considerar empirismo ou superstição a terapêutica exótica do benzimento, em verdade, ele chicoteia e desintegra os fluidos virulentos que nutrem os vírus de certas infecções da pele. Aliás, o eczema, o cobreiro e certas infecções características da epiderme, que se alastram de forma eruptiva, também queimam como brasas ou fogo. Consoante a lei de que “os semelhantes curam os semelhantes”, os benzedores servem-se do próprio galho verde da pimenteira-brava, para efetuarem a sua farofa benfeitora. Sob o comando espiritual do benzedor, a aura etérica dos vegetais tóxicos e queimantes, como a pimenteira-brava, atua no fluido mórbido e ardente do eczema ou cobreiro, desintegrando-o pelos impactos magnéticos.
Extinto o terreno mórbido fluídico, que alimenta os germens infecciosos, estes então desaparecem por falta de nutrição apropriada. Após o benzimento, em que o galho da pimenteira-brava absorve o morbo fluídico do cobreiro ou eczema, o benzedor então manda  o paciente enterrá-lo, e à semelhança de um “fio-terra”, descarrega no solo a carga tóxica ali aderida.


(do livro MAGIA DE REDENÇÃO, pelo espírito RAMATÍS. Psicografado por Hercílio Maes em 1967. Ed. Do Conhecimento).

*Grifos do Blog.

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