quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

As enfermidades e a mente por Ramatís - 1

Durante os momentos pecaminosos, o homem mobiliza e atrai, do mundo oculto, os fluidos do instinto animal, os quais, na sua "explosão emocional", convertem-se num resíduo denso e tóxico, que adere ao corpo astral ou perispírito, dificultando então ao homem estabelecer ligação com os espíritos do plano superior, devido ao abaixamento da sua vibração mental. E se ele não reage, termina por embrutecer-se. Porém, mais cedo ou mais tarde, a consciência do pecador dá rebate; e então, o espírito decide recuperar-se e alijar a "carga tóxica" que o atormenta. Mas, nesta emergência, embora o pecador, já arrependido, esteja disposto a uma reação construtiva no sentido de purificar-se, ele não pode subtrair-se aos imperativos da lei cármica (causa e efeito) do Universo Moral, ou seja: - a recuperação da saúde moral do seu espírito enfermo só poderá ser conseguida mediante aquele esmeril que se chama Dor e o lapidário que se chama Tempo. E, assim, como decorrência de tal determinismo, o corpo físico que ele veste agora, ou outro, em reencarnação futura, terá de ser, justamente, o dreno ou válvula e escape para expurgar os fluidos deletérios que o intoxicam e o impedem de firmar a sua marcha na estrada da evolução.

As toxinas psíquicas, durante a purificação perispiritual, convergem para os tecidos, órgãos ou regiões do corpo; mas insistimos em explicar que esse expurgo deletério, processado do perispírito para a carne, produz as manifestações enfermiças de acordo com a maior ou menor resistência biológica do enfermo. Entretanto, os técnicos do Espaço podem acelerar ou reduzir o descenso dos fluidos mórbidos, podendo também transferi-los para serem expurgados na existência seguinte ou então serem absorvidos nos "charcos" do Além, se assim for de conveniência educativa para o espírito em prova. De qualquer modo, a provação será condicionada ao velho provérbio de que "Deus não dá um fardo ou uma cruz superior às forças de quem tem de carregá-la.

PERGUNTA: - Poderíeis mencionar quais os estados pecaminosos mais responsáveis pela convocação de energias primárias e daninhas, que depois enfermam o homem pelas reações do seu perispírito contra a carne?

RAMATÍS: - São as atitudes e estados mentais "anti-evangélicos" denominados "pecados", conforme é da tradição católica ou protestante. Citaremos como principais, o orgulho, avareza, ciúme, vaidade, inveja, calúnia, ódio, vingança, luxúria, cólera, maledicência, intolerância e hipocrisia; ou então de amargura, tristeza, amor-próprio ofendido, fanatismo religioso, ociosidade, prepotência, egoísmo, astúcia, descrença espiritual; ou, ainda, as consequências nefastas das paixões ilícitas ou dos vícios perniciosos.

Conforme a natureza mais ou menos grave desses pecados, o homem também usa maior ou menor cota de energias provindas das regiões ocultas da vida animal; disso resultam-lhe, também, alterações correspondentes na sua saúde corporal, produzindo-se os surtos enfermiços, agudos ou crônicos. Aquele que ofende a sua própria integridade espiritual, também deve suportar os efeitos indesejáveis do expurgo dos resíduos deletérios provindos de sua infração pecaminosa, assim como o embriagado há de sofrer os efeitos molestos dos venenos alcoólicos que ingere durante a sua imprudência. Em suma: quando o homem peca, ele aciona pensamentos ou emoções de baixa frequência vibratória e impregnados do magnetismo denso e agressivo das subcamadas do mundo oculto. Depois que tal energia inferior filtra-se pela mente alterada ou flui pelo corpo astral perturbado, ela assume um aspecto mórbido ou constitui-se numa combinação "quimiofluídica" tóxica e ofensiva ao perispírito do homem.

MEDIUNIDADE DE CURA, psicografado por Hercílio Maes/Ramatís. Ed. Do Conhecimento. 1963.


*Grifos do Blog. 

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