Durante os momentos
pecaminosos, o homem mobiliza e atrai, do mundo oculto, os fluidos do instinto
animal, os quais, na sua "explosão emocional", convertem-se num
resíduo denso e tóxico, que adere ao corpo astral ou perispírito, dificultando
então ao homem estabelecer ligação com os espíritos do plano superior, devido
ao abaixamento da sua vibração mental. E se ele não reage, termina por
embrutecer-se. Porém,
mais cedo ou mais tarde, a consciência do pecador dá rebate; e então, o
espírito decide recuperar-se e alijar a "carga tóxica" que o
atormenta. Mas, nesta emergência, embora o pecador, já arrependido, esteja
disposto a uma reação construtiva no sentido de purificar-se, ele não pode
subtrair-se aos imperativos da lei cármica (causa e efeito) do Universo Moral,
ou seja: - a recuperação da saúde moral do seu espírito enfermo só poderá ser
conseguida mediante aquele esmeril que se chama Dor e o lapidário que se chama
Tempo. E, assim, como decorrência de tal determinismo, o corpo físico que ele veste agora, ou outro, em reencarnação futura,
terá de ser, justamente, o dreno ou válvula e escape para expurgar os fluidos
deletérios que o intoxicam e o impedem de firmar a sua marcha na estrada da
evolução.
As toxinas psíquicas,
durante a purificação perispiritual, convergem para os tecidos, órgãos ou
regiões do corpo; mas insistimos em explicar que esse expurgo deletério,
processado do perispírito para a carne, produz as manifestações enfermiças de
acordo com a maior ou menor resistência biológica do enfermo. Entretanto, os técnicos do Espaço
podem acelerar ou reduzir o descenso dos fluidos mórbidos, podendo também
transferi-los para serem expurgados na existência seguinte ou então serem
absorvidos nos "charcos" do Além, se assim for de conveniência
educativa para o espírito em prova. De qualquer modo, a provação será
condicionada ao velho provérbio de que "Deus não dá um fardo ou uma cruz
superior às forças de quem tem de carregá-la.
PERGUNTA:
- Poderíeis mencionar quais os estados pecaminosos mais responsáveis pela
convocação de energias primárias e daninhas, que depois enfermam o homem pelas
reações do seu perispírito contra a carne?
RAMATÍS:
- São as atitudes e estados mentais
"anti-evangélicos" denominados "pecados", conforme é da
tradição católica ou protestante. Citaremos como principais, o orgulho,
avareza, ciúme, vaidade, inveja, calúnia, ódio, vingança, luxúria, cólera, maledicência,
intolerância e hipocrisia; ou então de amargura, tristeza, amor-próprio ofendido,
fanatismo religioso, ociosidade, prepotência, egoísmo, astúcia, descrença espiritual;
ou, ainda, as consequências nefastas das paixões ilícitas ou dos vícios perniciosos.
Conforme a natureza mais
ou menos grave desses pecados, o homem também usa maior ou menor cota de
energias provindas das regiões ocultas da vida animal; disso resultam-lhe,
também, alterações correspondentes na sua saúde corporal, produzindo-se os surtos
enfermiços, agudos ou crônicos.
Aquele que ofende a sua própria integridade espiritual, também deve suportar os
efeitos indesejáveis do expurgo dos resíduos deletérios provindos de sua
infração pecaminosa, assim como o embriagado há de sofrer os efeitos molestos
dos venenos alcoólicos que ingere durante a sua imprudência. Em suma: quando o homem peca, ele aciona pensamentos
ou emoções de baixa frequência vibratória e impregnados do magnetismo denso e
agressivo das subcamadas do mundo oculto. Depois que tal energia inferior
filtra-se pela mente alterada ou flui pelo corpo astral perturbado, ela assume
um aspecto mórbido ou constitui-se numa combinação "quimiofluídica"
tóxica e ofensiva ao perispírito do homem.
MEDIUNIDADE
DE CURA, psicografado por Hercílio Maes/Ramatís. Ed. Do Conhecimento. 1963.
*Grifos do Blog.
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