— Quando consideramos as aranhas
materializadas na Terra — retomou Pai João —, sabemos que são animais
carnívoros que se alimentam principalmente de insetos, como grilos e baratas.
Muitas têm hábitos domiciliares e possuem ferrões, utilizados para inoculação
de veneno. Em geral, a forma astral
mantida pelos parasitas energéticos que assumem o aspecto aracnídeo ataca o ser
humano atraída pelo teor energético de pensamentos desleixados e mórbidos,
emitidos por quem se entrega ao sofrimento e não zela pela educação íntima de
suas emoções. São pessoas que trazem a marca do desespero e têm prazer em
ressaltar suas dores, transferindo aos outros a responsabilidade por aquilo que
lhes acontece. Os parasitas energéticos
que se alimentam desse tipo de fluido mórbido atacam através da aura da saúde,
injetando o veneno fluídico em sua vítima por via cutânea. Surgem então as
inflamações energéticas características, que acometem a periferia do duplo
etérico exatamente nos pontos em que houve picadas. O agravamento desse quadro dá-se com ulceração e posterior rompimento
da estrutura da aura das pessoas. A partir daí, as consequências são mais
drásticas, pois, sem a integridade do duplo, a saúde e o equilíbrio ficam
seriamente prejudicados.
Notamos, Raul e eu, que as pessoas
sugadas e atacadas pelas formas energéticas de aranhas apresentavam suas auras
rompidas, como se houvesse um rasgo ou uma ruptura no duplo dessas pessoas.
— Através
dessa ruptura energética, os nossos amigos encarnados absorvem mais facilmente
as correntes mentais infelizes de desencarnados e, ao mesmo tempo, perdem
energias vitais preciosas.
Vejam que a ação dos parasitas vampiriza
os encarnados, baixando-lhes tanto a resistência energética quanto a
imunológica.
Um indivíduo destacou-se dos demais,
pois um número maior de aranhas — ou de criaturas mentais com tal aspecto —
sugava-lhe mais intensamente. Estava todo coberto desses parasitas, que lhe penetravam
pelo nariz, pela boca, pelos olhos e ouvidos; após exame mais atento, reparamos
que a região da genitália também se transformara em uma abertura no seu campo
energético. Esses seres arrojavam-se, por todos os orifícios, para o interior
do corpo de seu hospedeiro. A visão causava repugnância e, ao mesmo tempo, despertava
em nós vontade de auxiliar, impedindo que ocorresse aquele tipo de vampirização
energética tão voraz.
— Não adianta, por ora, qualquer recurso
magnético, Ângelo — interferiu Pai João. — Poderíamos até liberar a aura de
nossos irmãos desses parasitas ferozes; no entanto, cada um tem de desenvolver suas próprias defesas psíquicas, através da
educação das emoções e dos pensamentos, para que a situação de desequilíbrio
não retorne. Nesse momento, nossa ação seria ineficaz, pois esses
companheiros nem sequer acordaram para a realidade espiritual e, por isso, não
estão preparados mental e emocionalmente para uma reprogramação de suas vidas.
Somente com essa reprogramação e as ações dela decorrentes é que poderiam se
ver livres definitivamente das criações mentais peçonhentas.
“Vejam, meus filhos, como o quadro é
complexo. Além do ataque através da aura
da saúde, que é efetuado pelos poros da epiderme perispiritual, outras formas
parasitárias penetram no interior dos corpos astral e etérico, causando uma
resposta imunológica que evolui para anemia, icterícia cutaneomucosa e
hemoglobinúria (que é a presença de sangue na urina); entre outros
sintomas, a insuficiência renal aguda é
a complicação mais nociva ao corpo físico quando a pessoa é atacada por esses
seres peçonhentos.
“Para agravar ainda mais a contaminação
fluídica, na contraparte astral esse
tipo de parasita é utilizado por obsessores com regalo, pois sua manutenção
não exige deles nenhuma cota de energia mental. Para sustentar o processo de ataque energético e envenenamento vital,
bastam as emoções transtornadas de seus próprios alvos. Só lhes cabe
canalizar os seres aracnoides para a aura dos encarnados; a partir daí, os
próprios homens, com sua invigilância mental, produzem o fluido mórbido que dá
forma e alimenta a existência dos parasitas.
“(...) Na esfera sutil, somente o passe
magnético intensivo, acompanhado de um processo de reeducação mental e de
descontaminação energética, poderá liberar o indivíduo das formas monstruosas e
de sua ação nefasta sobre a saúde de meus filhos. Muitos pais-velhos costumam prescrever o uso de ervas cujo teor
energético é anti-inflamatório e anti-infeccioso. Ministradas através de banhos
ou beberagens, tais ervas têm seu bioplasma ativado com tamanha intensidade que
suas propriedades energéticas e terapêuticas promovem uma limpeza intensa na
estrutura do duplo etérico.
Ultrassensível, o corpo etérico absorve do elemento curativo das plantas as irradiações
benéficas e saneadoras e naturalmente passa a expulsar as comunidades de
parasitas mentais que se agregaram em suas linhas de força. O magnetismo administrado através dos
passes é recurso muito útil; todavia, em qualquer caso, há que se proceder a
uma modificação intensa dos hábitos mentais e das emoções do ser, senão
outras comunidades parasitárias fatalmente assumirão o lugar daquelas que foram
expurgadas de seus corpos.”
Do livro LEGIÃO, psicografado por ROBSON
PINHEIRO/ÂNGELO INÁCIO. Ed. Casa dos Espíritos
*Grifos
do Blog.