domingo, 5 de agosto de 2018

Mensagem Consciência Divina, por Zarthú



A CONSCIÊNCIA DIVINA

“Meu Pai e Eu somos Um (...) E respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa Lei: ‘sois deuses?’. Pois a Lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida” – Jesus de Nazaré (Evangelho de São João, Cap. 10, Versículos 34 e 35).

A consciência se dilata. Gradativamente a consciência do Homem se expande e se abre às Verdades Imortais, não obstante a relatividade das verdades que hoje aceita, compreende e expressa através dos sentidos, da realidade-percepção que possui dentro de suas limitações.
O Espírito ascende até Deus e apesar de não ser o próprio Criador, a criatura modifica-se em suas baixas inclinações, oriundas de suas imperfeições morais e da animalidade que ainda faz parte do seu ser, rumando, vida após vida, ao despertamento das potências que traz em germe, pois, o Criador doa algo de si à sua própria criação.
Assim, o Homem caminha, incessantemente, à unificação de sua consciência, de seu Ser, à Existência-Pensamento Divino, pois ensinara o próprio Cristo: “meu Pai e eu somos Um”.
Encarcerado na dimensão física e no plano astral mais próximo à materialidade, o espírito ainda distancia-se dessas verdades sublimes, como que denso demais para transcender sua própria percepção, enlameado por suas próprias criações inferiores e preso ao Karma, às consequências naturais de seus atos que, na grande maioria das vezes, choca-se contra a Lei Divina, a qual carrega em sua própria consciência.
Nas dificuldades terrestres, o Homem se encontra jungido à teia de criações do passado e do presente, como é natural, tecendo a todo instante seu próprio futuro e necessitando, através de experiências retificadoras – especialmente àquelas junto a família – redimir-se, não através do sofrimento como afirmam alguns, pois Deus não nos criara para sofrer, mas para evoluir, pois a redenção encontra-se na transformação das próprias más inclinações e no despertamento das qualidades que torna a criatura cada vez mais próxima do ideal de seu Criador.
As experiências amargas necessitam de um sentido pois ninguém sofre sem causa justa e a Lei de Ação e Reação, através do conhecimento das Reencarnações Sucessivas, permite reflexões profundas acerca das causas do sofrimento – mas, ainda assim, é preciso transcender, é urgente ir além das hipóteses do porquê se sofre ou se passa por determinadas provações ou privações durante a existência material. Sem isso sofre-se sem renovar-se e quem sofre sem extrair da amarga lição um aprendizado, cai nas malhas nebulosas da revolta, ainda mais comprometendo-se sem modificar-se.
Para romper o ciclo de dores que atormenta o Espírito nas repetitivas experiências dolorosas, cabe ao Homem não prender-se à respostas automáticas ante aquilo que lhe atormenta, ainda mais jungindo-se às causas de dor, mas tomar atitudes e ações que o renovem interiormente, elevando-o para mais próximo da Divindade.
Caindo na inércia, ou seja, sem a ação que renova e sem praticar as verdades superiores que o Homem diz compreender, se repetem velhos hábitos religiosos e filosóficos de todos os tempos, inócuos na grande maioria das vezes, pois sem a ação diária, sem as demonstrações vivas da filosofia que se abraça, dificilmente se elevará a criatura ao ideal superior.
Dilatar a consciência ante as aflições que a experiência material proporciona é “ter olhos de ver” que significa encarar as adversidades como momentos transitórios, da qual pode-se aprender muito no exercício da indulgência, do esquecimento e do perdão das ofensas, do fortalecimento das convicções imortais e da fé, da paciência, do amor desinteressado, da compaixão e do esforço no Bem, permitindo-se, mesmo que não seja fácil, buscar o domínio das próprias imperfeições e a renovação interna, aprimorando as qualidades citadas, na certeza de que a vida terá o prisma com que é encarada, diretamente conectada com os pensamentos-ideias que são alimentados pela criatura, a qual, irrevogavelmente, são de sua responsabilidade e lhe definirá a própria situação.
É certo que nada foge da Administração Celeste, pois Deus está ao controle de Tudo e do Todo, porém, na experiência transitória nas dimensões materiais e astrais, o Espírito Humano já goza do livre-arbítrio (de relativa e controlada liberdade) para administrar diminuta parcela dessa Vida Maior, a qual constitui a sua própria vida-existência, não obstante governado por sábias Leis Siderais, a qual dará contas pelo bom ou mau uso que dela fizer.
O Homem, assim, sempre será responsável pelas criações inferiores ou superiores oriundas de seu próprio âmago, no afastamento ou na aproximação do Alto.
A consciência do Homem se expande e se eleva quando tem “ouvidos de ouvir” a voz silenciosa do Criador a lhe inspirar nos graves momentos em que necessitará tomar decisões e romper, em absoluto, com as posturas enfermiças e destrutivas, que alimentam as reações negativas em sua existência material.
Unir a consciência com Deus não é ato místico ou esotérico distanciado das mazelas humanas, das provas amargas ou das dificuldades da convivência, como ensinam algumas escolas religiosas e doutrinas filosóficas – muito pelo contrário! É entender a presença de Deus dentro de Si a ajudá-lo na melhor maneira de administrar a própria vida na matéria e em todas as relações decorrentes dela – seja nas relações familiares, entre amigos, nos envolvimentos amorosos, profissionais, etc.
Quem distancia-se do mundo para encontrar a Deus não haverá de encontrá-Lo, pois o Criador está em toda a Sua criação e somente através das várias experiências em contato com o outro, na qual também Deus é presente, seja nos momentos de tristeza ou de alegria, nas horas de dor ou de satisfação, é que o Homem, dentro das limitações que lhe são próprias na dimensão em que concebe o seu existir, poderá melhor entender essa ligação com o Senhor da Vida, que em todos os momentos, oportuniza a renovação e a elevação de suas criaturas através de seus próprios esforços rumo ao Eterno.
Busque, portanto, sua essência divina e a dilatação de sua própria consciência, tomando as rédeas de sua vida, cumprindo os deveres que lhe cabe e encontrando o Deus interno que habita nas profundezas de sua alma a orientar-lhe nos momentos transitórios, na certeza de que sempre seremos responsáveis por agilizar ou atrasar nosso processo de evolução.

ZARTHÚ.
Médium: Eloy Augusto. São Paulo, 05/08/18.

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