quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Camille Flammarion e o Animismo, por Inácio Ferreira



- Galileu quase foi parar na fogueira, não é Doutor? – inquiriu Manoel.

- Sim. Em 1611, ele teve que capitular diante do Tribunal da Inquisição, assinando um documento de que a teoria “heliocêntrica”, que ele aperfeiçoara, era apenas um hipótese. Eu não sei se vocês sabem, mas Chico dizia que Galileu havia reencarnado como Camille Flammarion, célebre astrônomo espírita que, inclusive, colaborou com Kardec na recepção de “A Gênese”.

- Comentamos o assunto posteriormente – redarguiu Paulino.

- Flammarion, então, psicografando a Galileu?...

- Psicografou a “si mesmo”, Domingas – respondi. – Qual é o problema?! O médium também  trabalha com as informações armazenadas em seu subconsciente...

- O médium e o espírito, Doutor – confirmou Odilon – O subconsciente, que, na obra “No Mundo Maior”, de André Luiz, o Instrutor Calderaro chama de “porão da individualidade” é um verdadeiro arquivo – o cérebro, a grosso modo, funciona como se fosse um computador, que possui memória, armazenando, eletronicamente, todas as informações.
O desencarnado, em suas comunicações de natureza mediúnica, igualmente não deixa de acessar o próprio inconsciente.

- André Luiz – falei –, antecipando-se à Ciência, nos apresentou a concepção do “cérebro trino”: Subconsciente, Consciente e Superconsciente! Apenas em 1990, tal teoria seria elaborada pelo neurocientista Paul McLean!

- O livro “No Mundo Maior” foi psicografado em 1947 – pelo menos, é essa a data do prefácio de Emmanuel! – comentou Domingas.

(...) – Flammarion, então, psicografou a si mesmo?! – insistiu a irmã.

- Sem “grilo” nenhum! – gracejei – A mediunidade não é tão pequena quanto tanta gente equivocada anda imaginando por aí...

- Mas – inquiriu Manoel, fazendo o papel de advogado do diabo –, isto não seria animismo, Doutor?...

- Eu gostaria que alguém me dissesse como é que a mediunidade pode existir sem animismo!

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*Grifos do Blog

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